São Paulo, domingo, 26 de novembro de 2006

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Equipamentos e leis para cassar lojistas são "armas" para inibir venda irregular

DA REPORTAGEM LOCAL

Investimentos em equipamentos que serão instalados em portos do país e aperto na legislação são as "armas" da Receita Federal e da Fazenda paulista, respectivamente, para reprimir o comércio ilegal e combater a sonegação no Brasil.
O governo paulista editou uma portaria para regulamentar a lei nš 12.294, de março deste ano, que permite cassar a inscrição de estabelecimentos que venderem mercadorias falsificadas e contrabandeadas.
Após a apreensão das mercadorias, um laudo pericial terá de atestar a falsificação. "A portaria não vai resolver 100% o problema. Mas vai inibir esse tipo de comércio", diz Antonio Carlos de Moura Campos, diretor-adjunto da Diretoria Executiva da Administração Tributária da Fazenda paulista.
Para o advogado Luiz Claudio Garé, que representa nove marcas no país, a atual legislação é "branda" com os que comercializam itens falsificados. "São apenas três meses de detenção, pela lei nš 9.279 [de 1996], que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial." A melhor forma de combater a pirataria, em sua análise, é evitar que as mercadorias entrem no país.
Para evitar a entrada de produtos ilegais, que, muitas vezes, se misturam aos de origem legal nos mesmos contêineres, a Receita Federal investiu na compra de dez lanchas, dois helicópteros e 20 scanners para ajudar no combate ao comércio ilegal. "Desde o final de 2005, foram aprovados investimentos da ordem de R$ 500 milhões para equipar e informatizar a Receita", diz Mauro de Brito, chefe da Direp (Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho) da Receita Federal. Quatro núcleos especiais foram criados nas regiões de Manaus, Santos, Vitória e Uberlândia, além das dez divisões de repressão espalhadas no país. "A meta é criar, nos próximos dois anos, cerca de outros 30 núcleos para atuar no combate direto ao contrabando e à pirataria." (CR e FF)


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