São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2008

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Venda a prazo volta a subir em SP, mas em ritmo menor

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O comércio de São Paulo começa a retomar as vendas a prazo. Do dia 1º ao dia 23 deste mês, as consultas ao SPC, indicador da procura pelo crediário, subiram 2,1% sobre igual período de 2007, após registrar queda de 0,6% em outubro sobre o mesmo mês do ano passado.
Esse crescimento, na avaliação de Emílio Alfieri, economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), é reflexo do 13º salário, da proximidade do Natal e da injeção de recursos para destravar o crédito. "Não dá para dizer que a volta das vendas a crédito é uma tendência."
De janeiro a setembro deste ano, as consultas ao SPC subiram 8,3% na comparação com igual período do ano passado. "Os números deste mês mostram a retomada das vendas a prazo. Os lojistas estão mais aliviados."
A procura pelo serviço de Usecheque, indicador das vendas à vista, ainda continua em queda. Do dia 1º ao dia 23 deste mês, o número de consultas ao Usecheque caiu 0,5% em relação a igual período do ano passado. Em outubro, a queda foi de 5,2% sobre igual mês de 2007.
Na avaliação de Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, o aumento da procura pelo crediário é um movimento conjuntural, "já que a tendência é de gradativa piora das condições de crédito e de renda" daqui para a frente como efeito da crise financeira global.
Pesquisa realizada neste mês pela Fecomercio-SP mostra que o paulistano está menos endividado em relação a outubro e em relação a novembro do ano passado. Neste mês, 49% das pessoas entrevistadas informam que tinham dívidas. Em outubro, 53% disseram ter dívidas e, em novembro de 2007, 54%.
Kelly Carvalho, assessora econômica da Fecomercio, diz que o consumidor está menos endividado porque houve aumento da massa real de salários -em setembro de 2008 sobre setembro de 2007 a alta é de 12,4%, segundo o IBGE.
A mesma pesquisa constatou que, das famílias endividadas, 37% estão com as contas em atraso. No mesmo período do ano passado, 38% dos endividados estavam com as contas em atraso.


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