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Montadoras ampliam férias a empregados
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Sem prever recuperação
das vendas de carros, que foram atingidas pelo agravamento da crise de crédito,
montadoras como GM, Mercedes-Benz e Volkswagen
ampliaram o período de paralisação de sua produção.
A GM anunciou anteontem que sua fábrica em Gravataí (RS) entrará novamente em férias coletivas entre 8
de dezembro e 4 de janeiro.
Os 5.200 trabalhadores da
planta gaúcha já estão parados desde 3 de novembro.
Neste mês, a unidade, que fabrica em média 880 veículos
diariamente, funcionou apenas durante um dia.
Na sexta-feira, a montadora havia anunciado a paralisação da planta de São Caetano do Sul (SP) entre os dias
22 de dezembro e 18 de janeiro, dando férias coletivas a
6.000 operários.
As férias coletivas estendidas também serão adotadas
na unidade da Mercedes-Benz em Juiz de Fora (MG).
O motivo é a crise econômica
internacional, segundo a assessoria da empresa.
A empresa não deu informações sobre o número de
empregados nem da produção acumulada. Informou
apenas que as férias de quase
30 dias serão distribuídas
por setor.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora, Geraldo Werneck, nos últimos 30
dias ocorreram cerca de 50
demissões. A informação, no
entanto, foi negada pela empresa.
A fábrica de motores da
Volkswagen em São Carlos
(SP) anunciou que vai dar férias coletivas a todos os seus
funcionários em dezembro.
E não deve ser a única. Os reflexos da crise mundial que já
atingem diversos setores da
economia devem provocar
uma onda de férias coletivas
nas principais empresas metalúrgicas da região de Ribeirão Preto, fato que não ocorria desde 2002.
Anfavea
O presidente da Anfavea
(associação das montadoras), Jackson Schneider, já
não descarta revisar para
baixo as estimativas de vendas do setor para este ano
-inicialmente em 3 milhões
de veículos.
Ele disse que o assunto será discutido no próximo dia
4, quando a entidade apresentará os resultados mensais da indústria.
Schneider diz que o ritmo
de vendas já deve começar a
se acelerar neste mês.
Com PAULO PEIXOTO, da Agência Folha,
e PAULO DE ARAUJO, colaboração
para a Folha
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