DA FOLHA RIBEIRÃO

Apesar da recuperação apresentada neste ano, as indústrias do pólo de Franca, no interior paulista, estão longe do recorde de produção.
Os 27,5 milhões de pares deste ano representam 77,68% dos 35,4 milhões produzidos em 2004 -o último ano antes de o setor entrar em declínio na cidade. No ano seguinte, a produção atingiu 27,9 milhões, 1,45% superior à produção deste ano.
As indústrias da cidade têm capacidade instalada para produzir 37,2 milhões de pares, produção nunca atingida.
"A produção deste ano pode indicar o início da retomada do setor, após dois anos de crise e queda no faturamento e nas vendas. Mas as exportações também precisam ser incentivadas", afirma Jorge Félix Donadelli, presidente do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca).
Desde 1984, já foram produzidos 682,4 milhões de pares na cidade, média de 28,43 milhões por ano. Franca tem 760 empresas ligadas ao setor coureiro-calçadista. Dessas, 78 têm acima de cem funcionários.
Hoje, a produção da cidade que é exportada ainda tem os Estados Unidos como principal destino, com 54,78% do total, seguida pela Venezuela com 5,07%, Espanha, com 4,85%, Argentina com 4,36% e Reino Unido com 3,31%.
Países como Emirados Árabes Unidos, que não apareciam nos anos anteriores na lista de clientes, já se tornaram compradores, com 1,52% do total.
"Perdemos embarques que iam para os EUA e estamos exportando para os Emirados Árabes, Europa e América do Sul", afirma o empresário Marco Antonio Lameirão, sócio da indústria Mariner. Os Estados Unidos já representaram 80% das vendas de Franca nas décadas passadas.
(MT)

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