São Paulo, terça-feira, 27 de janeiro de 2004

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ASSISTÊNCIA MÉDICA

Movimento de regulamentação encareceu produto, diz Fenaseg

Setor não prioriza seguro individual

DA REPORTAGEM LOCAL

Os seguros e planos individuais já não são o foco das empresas do setor. Diretor de saúde da Fenaseg (Federação Nacional dos Seguros Privados e de Capitalização), Horácio Capapreta diz que o movimento de regulamentação comprimiu o mercado de seguros individuais. O resultado foi um encarecimento dos produtos.
Aliado ao cenário de retração econômica, isso fez com que esses seguros perdessem importância nas carteiras das empresas, complementa.
Hoje, afirma, 80% dos trabalhadores que deixam o emprego não têm condições de contratar um seguro individual. "Já foi o carro-chefe, hoje está em declínio, eu diria em extinção."
A Fenaseg, no entanto, não tem uma estimativa de suas afiliadas sobre a queda de vendas.
Segundo o cadastro da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), houve um aumento de dois pontos percentuais da participação de planos coletivos no mercado.
Os dados da agência, no entanto, ainda são questionáveis porque nem todas as empresas fornecem informações.
Capapreta diz que o setor foi "surpreendido" pelas promessas da nova direção da ANS de revisar novamente a regulamentação.
O novo presidente da agência, Fausto Pereira dos Santos, sinalizou com uma reavaliação dos reajustes por faixa etária e a criação de mais formas de controle, como metas de atendimento de saúde para as empresas.
Capapreta diz que as empresas ainda aguardam ser chamadas para conhecer as propostas.
A federação foi a entidade que apresentou à agência a sugestão de que fossem criadas dez faixas de reajuste, de cinco em cinco anos, e mantida a variação de 500% entre elas.
Foi a solução intermediária. Na verdade, as empresas não queriam era uma limitação dos aumentos, o que foi imposto pelo Estatuto do Idoso, que entrou em vigor neste ano.


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