DA REPORTAGEM LOCAL

"É o melhor possível no momento", diz o diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Fausto Pereira dos Santos, sobre a divisão dos reajustes dos planos de saúde entre as faixas etárias. Segundo ele, o limite nos aumentos imposto pelo Estatuto do Idoso obriga a um pacto entre as gerações, "mesmo que não pleno".
Santos, que assumiu a agência no fim de dezembro de 2003, destaca que a adaptação da legislação ao Estatuto do Idoso limitou a concentração dos aumentos nas últimas faixas etárias, determinando que a variação fosse dividida igualmente entre as sete primeiras e as três últimas. Antes, as empresas tinham total liberdade para distribuir os aumentos.
Santos disse, nos primeiros dias de mandato, que a agência deve rever a regra do reajuste por faixa etária quando terminar o processo de adaptação dos planos antigos à lei atual.
A sistemática atual de reajuste por idade foi apoiada por algumas empresas de planos e seguros. Para João Alceu Amoroso Lima, presidente da área de saúde da SulAmérica, a regra "é razoável".
De acordo com ele, para algumas faixas etárias, o reajuste do preço de ingresso no plano ficou próximo do autorizado pela ANS para os contratos já em vigor no ano passado -cerca de 9%.
"A preocupação maior do conselho deve ser com o SUS (Sistema Único de Saúde)", disse Lima, em referência ao Conselho Nacional de Saúde.


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