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NEGÓCIOS
Montante é o maior da história da companhia, que também informou que pagará US$ 1,3 bi em dividendos a acionistas
Vale fará investimentos de US$ 4,6 bi no ano
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A Vale do Rio Doce anunciou
ontem que investirá US$ 4,6 bilhões neste ano, o equivalente a
R$ 10,3 bilhões. É a maior marca
na história da companhia, mas representa um incremento de apenas 2% em relação ao investido
em 2005 -R$ 10,1 bilhão.
Segundo Roger Agnelli, presidente da empresa, o valor previsto para 2006 irá assegurar o desenvolvimento de todos projetos
de expansão já programados (especialmente na área de ferro).
Garantirá à companhia ainda,
diz o executivo, a manutenção do
posto de maior produtora de minério de ferro do mundo.
Segundo seu presidente, a companhia "percebeu que a demanda
mundial por minério de ferro está
crescendo fortemente por causa
da China" e decidiu que este era o
momento oportuno para investir
no aumento da produção.
Em 2006, serão investidos R$
5,402 bilhões na área de minério
de ferro. Terminado o ciclo atual
de investimentos em seis minas
localizadas no Pará e em Minas
Gerais, a companhia elevará sua
capacidade de produção de 233,2
milhões de toneladas de minério
para 300 milhões de toneladas.
Para atender aos fornecedores
no Brasil e no exterior, a área logística (ferrovias e terminais) receberá investimentos de R$ 1,985
bilhão. Serão comprados 1.426
novos vagões e começará a obra
de um novo trecho ferroviário no
Espírito Santo, batizado de litorânea Sul (Vitória-Cachoeiro do Itapemirim).
Entre os projetos que receberão
recursos neste ano, destacam-se
ainda três novas usinas de peletização (que transformam o minério fino em bolinhas, possíveis de
serem exportadas), uma mina de
bauxita (matéria-prima do alumínio) e o aumento de capacidade
da Alunorte -num investimento
total de US$ 1,429 bilhão.
Pagamento aos acionistas
A Vale informou ainda que pagará neste ano US$ 1,3 bilhão aos
seus acionistas sob a forma de distribuição de lucros. O dinheiro será partilhado proporcionalmente
pelos grandes acionistas (Bradesco, Mitsui, Previ), pela União, que
participa minoritariamente da
empresa por meio do BNDES, por
investidores estrangeiros e também por quem usou o FGTS para
comprar ações da empresa.
O bom desempenho da companhia em 2005, segundo o executivo, permitiu que as ações da empresa subissem 48,5% na Bolsa de
Nova York, mais do que muitas
companhias com valor de mercado próximo ao da Vale, como a
montadora de origem japonesa
Nissan (alta de 24,3%).
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