São Paulo, sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

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NEGÓCIOS

Montante é o maior da história da companhia, que também informou que pagará US$ 1,3 bi em dividendos a acionistas

Vale fará investimentos de US$ 4,6 bi no ano

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A Vale do Rio Doce anunciou ontem que investirá US$ 4,6 bilhões neste ano, o equivalente a R$ 10,3 bilhões. É a maior marca na história da companhia, mas representa um incremento de apenas 2% em relação ao investido em 2005 -R$ 10,1 bilhão.
Segundo Roger Agnelli, presidente da empresa, o valor previsto para 2006 irá assegurar o desenvolvimento de todos projetos de expansão já programados (especialmente na área de ferro).
Garantirá à companhia ainda, diz o executivo, a manutenção do posto de maior produtora de minério de ferro do mundo.
Segundo seu presidente, a companhia "percebeu que a demanda mundial por minério de ferro está crescendo fortemente por causa da China" e decidiu que este era o momento oportuno para investir no aumento da produção.
Em 2006, serão investidos R$ 5,402 bilhões na área de minério de ferro. Terminado o ciclo atual de investimentos em seis minas localizadas no Pará e em Minas Gerais, a companhia elevará sua capacidade de produção de 233,2 milhões de toneladas de minério para 300 milhões de toneladas.
Para atender aos fornecedores no Brasil e no exterior, a área logística (ferrovias e terminais) receberá investimentos de R$ 1,985 bilhão. Serão comprados 1.426 novos vagões e começará a obra de um novo trecho ferroviário no Espírito Santo, batizado de litorânea Sul (Vitória-Cachoeiro do Itapemirim).
Entre os projetos que receberão recursos neste ano, destacam-se ainda três novas usinas de peletização (que transformam o minério fino em bolinhas, possíveis de serem exportadas), uma mina de bauxita (matéria-prima do alumínio) e o aumento de capacidade da Alunorte -num investimento total de US$ 1,429 bilhão.

Pagamento aos acionistas
A Vale informou ainda que pagará neste ano US$ 1,3 bilhão aos seus acionistas sob a forma de distribuição de lucros. O dinheiro será partilhado proporcionalmente pelos grandes acionistas (Bradesco, Mitsui, Previ), pela União, que participa minoritariamente da empresa por meio do BNDES, por investidores estrangeiros e também por quem usou o FGTS para comprar ações da empresa.
O bom desempenho da companhia em 2005, segundo o executivo, permitiu que as ações da empresa subissem 48,5% na Bolsa de Nova York, mais do que muitas companhias com valor de mercado próximo ao da Vale, como a montadora de origem japonesa Nissan (alta de 24,3%).


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