DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As três principais obras do PAC no setor elétrico, localizadas na Amazônia, ainda não possuem licença ambiental, mas aparecem em documento do Programa de Aceleração do Crescimento com datas previstas de liberação pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e de leilão das obras a empreendedores interessados.
Até dezembro do ano que vem, a Casa Civil espera obter as licenças prévias para as usinas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte. De acordo com o documento, as duas primeiras hidrelétricas, localizadas no rio Madeira, seriam leiloadas, respectivamente, em maio e outubro deste ano.
Maior e de licenciamento mais complicado, a usina de Belo Monte tem leilão previsto para o primeiro trimestre de 2009. O projeto de hidrelétrica no rio Xingu prevê a geração de 5.681 MW de energia.
Juntas, as três usinas devem gerar 12.131 MW -ou mais de 30% da energia elétrica planejada no PAC para o segundo mandato de Lula e o período após 2010.
O detalhamento das obras do pacote, a que Folha teve acesso, destaca "enormes vantagem operacionais" das usinas no Sistema Interligado Nacional. Os projetos contam com a mesma justificativa no documento: "A usina se insere no contexto estratégico que marca a retomada dos grandes empreendimentos estruturantes na região Amazônica".
No dia do lançamento do PAC, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) afirmou que não havia garantia prévia de licença ambiental para os empreendimentos.


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