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entrevista 2
País não está imune, avisa Strauss-Kahn
DA ENVIADA A DADOS
O francês Dominique
Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional),
disse ontem no Fórum, em
Davos, que o presidente
Lula está certo ao dizer
que o Brasil deverá ser menos afetado pela crise financeira nos EUA.
"O Brasil está indo muito bem, mas não está imune. A crise terá muitas
conseqüências no mundo
e pode afetar um pouco o
país", disse. "Mas o Brasil
está numa forte posição,
portanto as conseqüências
no país podem não ser
muito importantes, na minha opinião", completou.
A princípio, Strauss-Kahn mostrou-se reticente a falar das projeções do
FMI para os preços de
commodities, alegando
que o relatório do Fundo
que aborda o tema será
publicado na semana que
vem. Mas acabou revelando que o desaquecimento
da economia dos Estados
Unidos terá reflexos sobre
matérias-primas.
"É possível que a desaceleração econômica gere
uma queda do preço das
commodities, talvez incluindo petróleo, e menos
inflação. Isso dará mais espaço para uma política
monetária mais ativa."
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