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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Deficit de eletroeletrônicos supera previsão de empresários
Impactada pela crise em
2009, a balança comercial de
produtos eletroeletrônicos fechou o ano com um deficit
maior do que o esperado pelos
empresários do setor.
As exportações atingiram
US$ 7,5 bilhões e as importações, US$ 25 bilhões, o que resultou em saldo negativo de
US$ 17,5 bilhões.
Os resultados foram causados pela grande dependência
da indústria brasileira de eletroeletrônicos por insumos importados, segundo Humberto
Barbato, presidente da Abinee
(Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
"Como o Brasil retomou sua
atividade econômica antes dos
outros países, o setor teve que
elevar as importações de componentes. E no lado das exportações não encontramos mercado com a mesma receptividade para os produtos acabados",
afirma Barbato.
Em dezembro, a Abinee previa para o setor exportações de
US$ 7,2 bilhões e importações
de US$ 24 bilhões.
Para este ano, as expectativas
ainda são negativas. "Enquanto
o governo não adotar medidas
no câmbio para estimular as exportações, a nossa expectativa
é a de que o deficit só venha a
aumentar. A previsão é que se
chegue em US$ 19,5 bilhões em
2010, já que as exportações não
devem crescer com os outros
mercados ainda em ritmo lento", afirma Barbato.
No ano passado, a participação das exportações no faturamento do setor eletroeletrônico fechou em queda. As vendas
para o exterior representaram
apenas 12,8% do total faturado
pelas indústrias de eletroeletrônicos, ante 14,8% em 2008.
O número já minguou cerca de
45% desde 2002.
NEGÓCIOS À VISTA
O TozziniFreire Advogados, que em 2009 atuou em operações como a compra das Casas Bahia pelo Pão de Açúcar e a
da Aracruz pela VCP, projeta agora crescimento de 15% para
2010. Darcy Teixeira Junior, sócio do escritório na área de
fusões, aquisições e societário, afirma que além do aquecimento natural da economia pós-crise, a Copa, a Olimpíada, o
PAC e o pré-sal serão os responsáveis pelo aumento dos negócios. No ano passado, o TozziniFreire também atuou na
aquisição da Fazenda Turmalina e na reestruturação societária do Grupo Santander. No total, a banca assessorou no
ano passado fusões e aquisições que superam R$ 50 bilhões.
"Em 2010, as áreas para onde olhar são diversificadas.
Grandes negócios podem surgir no varejo. O aumento da
renda de modo geral vai provocar transações relacionadas
com esse tipo de serviço. Hoje, fala-se muito em operações
no setor farmacêutico", afirma Junior.
ALTA COSTURA
A C&A está sondando um
estilista homem para assinar uma coleção masculina
da rede. A empresa já fechou
contratos anteriormente
com nomes como Reinaldo
Lourenço, Amir Slama e Isabela Capeto para desenhar
linhas femininas. Um dos
nomes cotados é o do empresário e estilista Sergio K..
A rede e o empresário ainda
não confirmam.
NOVO BALANÇO
A publicação do nono balanço do PAC está prevista
para 4 de fevereiro. Trata-se
do balanço de três anos.
PRESSÃO DA INDÚSTRIA
A primeira reunião do Copom no ano acontece hoje com
pressão, de uma lado, da indústria, para que os atuais 8,75% ao
ano sejam mantidos, e de outro de uma corrente no BC, defendendo que os alertas de alta sejam dados de forma enfática.
Fiesp e Ciesp dizem que não há necessidade de elevar os juros
pois a inflação ao consumidor está localizada em preços definidos pelo governo e em itens dependentes de safra, que caracterizam movimento sazonal. Para a Fiesp, a alta do IPCA-15 deste
mês teve impacto da tarifa de ônibus urbano. "Esse item é definido pelo poder público e sobe de vez em quando", diz a Fiesp.
APOSENTADORIA
Com a chegada de novas
empresas, o IHPrev, fundo
de pensão multipatrocinado, alcançou neste mês R$ 1
bilhão em patrimônio. Há
cinco anos, o fundo contava
com R$ 53 milhões. O IHPrev administra o plano de
previdência de 51 empresas,
como Grupo Icatu Hartford,
Grupo Martins, Continental
do Brasil e Ajinomoto, com
28 mil participantes.
PUBLICIDADE
O mercado publicitário
deve ficar aquecido em
2010. Os sindicatos de agências de propaganda do país
apontam perspectiva de incremento no volume de negócios acima de 10%, segundo levantamento da Fenapro (federação das agências). Já foram observados a
retomada da contratação e o
aumento das solicitações
para ações de marketing.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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