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Exportador
está confiante,
revela pesquisa
da Sucursal de Brasília
Pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria)
com 14 associações empresariais aponta otimismo com relação ao desempenho das exportações neste ano. No conjunto, a estimativa é que esses
setores aumentem em 12,5%
seus embarques, em comparação com os de 1999.
Apenas as entidades representativas dos fabricantes de
suco de laranja e de produtos
químicos estimaram estabilização nos embarques, comparado com os do ano passado.
As demais prevêem aumento,
principalmente as dos setores
têxteis, de papel e celulose, de
calçados e de autopeças.
Em 1999, essas 14 associações
responderam por um total de
US$ 29,060 bilhões em exportações, cifra que correspondeu
a 60,5% do total dos embarques do país ao exterior. Neste
ano, a previsão é que esse montante vá a US$ 32,685 bilhões.
A pesquisa da CNI foi concluída no início de fevereiro.
Consulta anterior com 477 empresas exportadoras, realizada
no último trimestre do ano
passado, também apontou otimismo. A metade delas estimou aumento em seus embarques. Apenas 10% delas previram diminuição de suas exportações.
No caso da última pesquisa,
dez associações indicaram que
a recuperação das exportações
vem ocorrendo preferencialmente por meio da retomada
de negócios com antigos clientes -fator decorrente da recuperação da economia de tradicionais mercados de produtos
brasileiros.
O êxito na busca de novos
clientes também foi o caminho
para o aumento de embarques
de sete setores.
A maioria das associações
não aposta na recuperação dos
preços internacionais -uma
das causas da queda de 6% das
exportações, em valores, no
ano passado e também do fraco desempenho de janeiro deste ano. Desses setores, 64% previram estabilização dos preços
internacionais de seus produtos.
Somente as associações que
representam os setores de frangos, de complexo soja, de papel
e celulose e de siderúrgicos esperam aumento nos preços.
Além dessas associações, foram ouvidos os seguintes setores: automóveis, produtos químicos, máquinas e equipamentos, autopeças, eletroeletrônicos, calçados, suco de laranja, têxteis, carne bovina industrializada e brinquedos.
Retração mundial
Na opinião de economistas
da CNI, as exportações não geraram maior receita em dólares
no ano passado -pelo contrário, houve queda- porque a
desvalorização do real coincidiu com uma ainda fase ruim
da economia mundial.
As quantidades exportadas
cresceram, principalmente nos
últimos meses de 99, mas os
preços caíram, principalmente
os das commodities. Aos poucos, eles se recuperam.
No caso dos manufaturados,
a própria máxi levou a uma
queda de preços em dólar, fruto da barganha com os importadores, pois a receita em reais
dos exportadores cresceu.
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