São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2000


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Valorização leva a estímulo de roubos

da Reportagem Local

A valorização da sucata de alumínio estimulou o roubo de cargas. Nos últimos três meses, 95% dos roubos registrados no eixo Rio-São Paulo foram de sucatas de alumínio, segundo empresas do setor.
Segundo elas, cerca de 50 carretas foram roubadas de novembro do ano passado a janeiro deste ano -perto de 1.300 toneladas de sucatas e produtos semi-acabados de alumínio.
O roubo, segundo as empresas, pode ocorrer em dois momentos -quando a sucata segue prensada e enfardada para a fundição ou quando sai da fundição, em forma de chapa, e segue para uma indústria, como a automobilística.

Sonegação
As empresas informam que a sonegação é outro grande problema enfrentado pelo mercado de sucatas. Como a sucata está mais valorizada, a sonegação é maior.
Pelos cálculos de um fabricante de latas, o mercado de sucatas de alumínio no país é da ordem de R$ 240 milhões por ano. Só de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) o governo deixa de arrecadar cerca R$ 43 milhões (a alíquota é de 18%).
Para José Roberto Giosa, diretor de reciclagem da Latasa e coordenador da Comissão de Reciclagem da Abal, é preciso simplificar a tributação no mercado de sucatas, até como forma de combater a sonegação.

Ecologia
A conscientização ecológica tem grande peso no aumento do consumo de aparas de papel, utilizadas sobretudo na fabricação de papelão, papel sanitário e alguns tipos de cartolina.
A fibra reciclada já representa 37% do total das fibras usadas na fabricação de papel. Esse percentual deve continuar crescendo, segundo Boris Tabacof, presidente da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel).
"Quando a empresa recicla o papel, ela deixa de derrubar uma árvore", diz Tabacof. A celulose, matéria-prima básica para a fabricação do papel, é extraída, no Brasil, basicamente de eucaliptos e de pinus. (FF)



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