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AVIAÇÃO
Governo supervisiona negócio
Acordo TAM-Varig deve prever reversão da fusão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A TAM e a Varig podem adiar o
início de suas operações conjuntas, previstas para 10 de março, se
não conseguirem fechar hoje um
acordo com o Ministério da Justiça para garantir que as medidas
anunciadas sejam reversíveis caso
o processo de fusão das duas empresas não seja aprovado.
O entendimento que seria acertado hoje é uma espécie de roteiro
do que as duas empresas podem
fazer até que o Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica) julgue a legalidade da fusão.
A preocupação do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência
é garantir que as companhias não
tomem nenhuma medida irreversível, caso sejam obrigadas pelo
Cade a suspender a fusão.
O secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg, afirmou
que as companhias aéreas aceitaram seguir uma das duas alternativas propostas pelo governo.
A primeira prevê o adiamento
das operações conjuntas até que
seja celebrado um acordo formal,
no qual ficariam estabelecidos o
que pode e o que não pode ser feito até o julgamento final. Esse
acordo, que é voluntário, é conhecido por Apro (Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação) e não seria fechado antes
do dia 10 de março.
"A segundo alternativa é um
acordo de cavalheiros", disse
Goldberg. O entendimento, que
seria negociado hoje, seria uma
espécie de Apro informal e evitaria o atraso do início das operações conjuntas.
"As empresas se manifestaram
entusiasmadas com a proposta do
governo. Seria leviandade considerar qualquer outra hipótese",
disse Goldberg, que não quis comentar o que poderia acontecer
caso a Varig e a TAM não celebrem o entendimento com o governo.
De acordo com a legislação, medidas de operação conjunta tomadas antes do julgamento final
do Cade podem ser suspensas por
uma medida cautelar. O pedido
por ser feito por empresas concorrentes ou pelo governo.
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