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Novas vagas não foram suficientes, diz analista
DA SUCURSAL DO RIO
Ao explicar o aumento da taxa
de desemprego em janeiro
(11,2%), na comparação com dezembro (10,5%), a economista
Shyrlene Ramos de Souza, do Departamento de Emprego e Rendimento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
afirmou que foram criadas novas
vagas no mês passado, mas num
nível insuficiente para compensar
a maior procura por trabalho.
O número de pessoas ocupadas
(trabalhando) cresceu 0,9% de
dezembro para janeiro. "Em janeiro, teve mais gente procurando trabalho. Como o mercado
não absorveu tudo, a taxa acabou
ficando pressionada", disse ela.
Já o total de pessoas desocupadas (sem trabalho) subiu 8,2% em
janeiro, na comparação com dezembro. Quem estava fora do
mercado também tentou uma recolocação, o que ajudou a aumentar o desemprego. É o que mostra
o comportamento da não-PEA
(População Não-Economicamente Ativa), cuja queda de 1,7%
indica que mais gente procurou
emprego.
Ramos de Souza disse que a
principal explicação para o crescimento da taxa é a sazonalidade
-efeitos típicos de cada período.
Luiz Afonso Lima, economista
do BBV, discorda: "Historicamente, o desemprego sobe em janeiro, mas não com essa velocidade. Esse aumento vai além da sazonalidade. Foi muito forte".
São Paulo registrou a maior taxa
de desemprego nas seis regiões
metropolitanas pesquisadas: 13%,
contra 11,9% de janeiro de 2002.
Em São Paulo, segundo Ramos
de Souza, a situação foi pior porque, diferentemente da média nacional, o número de empregos
não cresceu.
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