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São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 2003

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Novas vagas não foram suficientes, diz analista

DA SUCURSAL DO RIO

Ao explicar o aumento da taxa de desemprego em janeiro (11,2%), na comparação com dezembro (10,5%), a economista Shyrlene Ramos de Souza, do Departamento de Emprego e Rendimento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), afirmou que foram criadas novas vagas no mês passado, mas num nível insuficiente para compensar a maior procura por trabalho.
O número de pessoas ocupadas (trabalhando) cresceu 0,9% de dezembro para janeiro. "Em janeiro, teve mais gente procurando trabalho. Como o mercado não absorveu tudo, a taxa acabou ficando pressionada", disse ela.
Já o total de pessoas desocupadas (sem trabalho) subiu 8,2% em janeiro, na comparação com dezembro. Quem estava fora do mercado também tentou uma recolocação, o que ajudou a aumentar o desemprego. É o que mostra o comportamento da não-PEA (População Não-Economicamente Ativa), cuja queda de 1,7% indica que mais gente procurou emprego.
Ramos de Souza disse que a principal explicação para o crescimento da taxa é a sazonalidade -efeitos típicos de cada período.
Luiz Afonso Lima, economista do BBV, discorda: "Historicamente, o desemprego sobe em janeiro, mas não com essa velocidade. Esse aumento vai além da sazonalidade. Foi muito forte".
São Paulo registrou a maior taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas: 13%, contra 11,9% de janeiro de 2002.
Em São Paulo, segundo Ramos de Souza, a situação foi pior porque, diferentemente da média nacional, o número de empregos não cresceu.


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