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MERCADO FINANCEIRO
Ata do Copom impediu que dólar se desvalorizasse mais; Bovespa tem terceira queda consecutiva
BC renegocia dívida, e dólar cai 0,47%
DA REPORTAGEM LOCAL
O dia foi alternado por notícias
positivas e negativas e, apesar do
sucesso da rolagem da dívida
cambial do Banco Central (BC) e
do fluxo positivo de dólares, a
moeda norte-americana fechou
em baixa de apenas 0,47%, cotada
a R$ 3,584.
Além da iminência da guerra, as
informações da ata da última reunião do Copom (Conselho de Política Monetária), divulgada ontem, não foram bem recebidas no
mercado.
Apesar de ter anunciado que espera uma diminuição da taxa de
reajuste da energia elétrica, o BC
prevê aumento maior para o gás
de cozinha e queda para a gasolina. Entretanto alguns operadores
disseram que poderá ser necessário um novo aumento da Selic (taxa básica de juros) para que a meta de inflação seja cumprida.
Na rolagem de US$ 1,345 bilhão
do BC, ontem foi a primeira vez
desde o início das operações de
"swap" cambial, em março do
ano passado, que a autoridade
monetária conseguiu negociar integralmente seus vencimentos
cambiais de uma só vez
"A operação está cada vez mais
fácil e com taxas menores, refletindo a melhora geral do país nos
últimos meses", disse João Medeiros, da corretora Pioneer.
As taxas na operação de ontem
caíram por volta de dois pontos
percentuais em relação à realizada no último dia 12. O BC também aproveitou o clima favorável
para renovar cerca de US$ 246
milhões em linhas externas que
vencem no dia 6. Além disso, ontem começou a vigorar o aumento do depósito compulsório dos
bancos, de 45% para 60%.
Uma queda maior do dólar
também era esperada por alguns
operadores devido ao vencimento das linhas externas que devem
ser pagas ao BC em reais.
Na Bovespa, a barreira dos
10.000 pontos foi ultrapassada,
com baixa de 1,93% e fechamento
em 9.994 pontos. Esse foi o terceiro pregão consecutivo de queda e,
com ele, o Ibovespa chega ao pior
nível desde 19 de novembro. A
maior alta do dia foi para a ação
PN da Eletropaulo, que subiu
5,3%. Em seguida vieram os papéis de empresas exportadoras,
como Siderúrgica Nacional ON
(3,6%), Siderúrgica Tubarão PN
(2,4%) e Vale PN (2,4%).
As maiores baixas foram para
Cemig ON (6,8%), Net PN (6,6%),
Tele Nordeste Celular PN (5,8%),
Cesp PN (5,6%) e Embraer ON
(5,1%).
(GEORGIA CARAPETKOV)
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