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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Bradesco encosta em tamanho no BB
Há dez anos, o Banco do Brasil tinha praticamente o dobro
de tamanho do Bradesco. Hoje,
a diferença é mínima.
Os ativos do Bradesco são
apenas 4,6 pontos percentuais
menores do que os do Banco do
Brasil, que ontem divulgou o
seu balanço.
Em 31 de dezembro de 2007,
os ativos do Banco do Brasil somavam R$ 3,57 bilhões, e os do
Bradesco, R$ 3,41 bilhões. A diferença é de apenas R$ 160 milhões.
O terceiro colocado é o Itaú,
com um total em ativos de R$
166,5 bilhões.
"No caso do Banco do Brasil e
do Bradesco, pode-se dizer que
os dois estão empatados tecnicamente", diz Einar Rivero, da
Economática e autor do estudo
comparando os ativos dos dois
bancos desde o Plano Real, em
1994, até hoje. Os cálculos foram feitos em termos reais
(descontada a inflação).
Nestes 14 anos desde o Plano
Real, o Bradesco cresceu
531,3%, enquanto o Banco do
Brasil avançou 83,3%.
Se forem levados em conta os
últimos nove anos, o Bradesco
cresceu 166%, e o Banco do
Brasil, 47,4%.
Em 1998, o Banco do Brasil
era mais do que 95% maior do
que o Bradesco.
Esses números indicam que
os bancos privados souberam
se adequar melhor à estabilidade inflacionária, a partir da
adoção do Plano Real, do que os
bancos públicos.
O Bradesco optou, assim como outros bancos privados, por
uma política agressiva de aquisição de outras instituições, pequenas e médias, nesses anos, o
que o fez se aproximar bastante
do Banco do Brasil.
O Bradesco, que já é o maior
banco da América Latina por
valor de mercado, está muito
perto de, ainda neste ano, superar o Banco do Brasil em tamanho, uma proeza que, até bem
pouco tempo, era considerada
impensável para o país.
Cartão corporativo pode ter limite, diz especialista
O escândalo dos cartões
corporativos vai estimular
bancos e bandeiras a impor
limites ao cartão. A opinião é
do especialista em cartões
Gilberto Dib, que realiza em
abril o evento Cards 2008,
onde o tema será abordado.
Para Dib, o cartão corporativo caminhou devagar no
Brasil. "Há mais de dez anos
já existia cartão corporativo." A novidade, segundo
ele, é que agora o assunto está sendo divulgado.
As bandeiras passaram a
ver oportunidade nas pequenas e médias empresas,
mas, para isso, precisam
criar mecanismos para gerenciar os gastos no cartão,
como softwares para limitar
o consumo dos portadores.
"As empresas entregavam
o cartão aos altos executivos
e pronto. Não tinha uma fatura para o dono da empresa. Com pequenas e médias,
não dá para deixar assim."
Inadimplência de empresas cresce 2,7%, afirma Serasa
A inadimplência das empresas subiu 2,7% no mês passado,
em comparação com janeiro de
2007, segundo levantamento
da Serasa. Comparada a dezembro, a inadimplência pessoa jurídica avançou 18,8%.
"É um avanço significativo.
Em 2007, as empresas ficaram
o ano todo apresentando crescimento de inadimplência",
avalia Carlos Henrique de Almeida, assessor da Serasa, que
diz que o resultado do ano passado influencia o de 2008.
Para os analistas da Serasa,
apesar de ter crescido, a inadimplência das empresas aumenta em um ritmo mais lento
que a concessão de crédito à
pessoa jurídica. Almeida ressalta, entretanto, que o primeiro
mês do ano já superou a taxa do
final do ano passado, de 1,5%.
Em janeiro, os títulos protestados representaram 42% da
inadimplência, seguidos por
cheques devolvidos, com
38,2%, e dívidas com bancos
(19,4%). O valor médio da inadimplência das empresas com
bancos e instituições financeiras é de R$ 4.252, aumento de
5,3% ante janeiro de 2007.
ICMS: GOVERNO DE SP AMPLIA PRAZO PARA QUE REGRAS ENTREM EM VIGOR
O governo de São Paulo prorrogou o prazo para que as novas regras para a cobrança de ICMS entrem em vigor. A decisão será publicada hoje no "Diário Oficial". A prorrogação
do prazo, que estava previsto para 1º de março, foi pedida
por Paulo Skaf, presidente da Fiesp, em ofício ao governador
José Serra. A partir de 1º de abril, a substituição tributária
passa a valer também para os setores de limpeza, lâmpadas,
pilhas, baterias, rações, autopeças e produtos fonográficos, e,
em 1º de maio, para alimentos e construção civil.
ESTAGIÁRIO
O governo de São Paulo
lança hoje seu programa de
estágios. Pela primeira vez,
serão oferecidas 12 mil vagas, em todas as repartições,
para estudantes do ensino
médio e universitários. As
bolsas variam de R$ 300 a
R$ 1.000. Antes da mudança, os estágios eram descentralizados e cada órgão fazia
sua seleção. Segundo a Secretaria Estadual de Gestão
Pública, será o maior programa de estágios do país.
À CASA TORNA
O economista Edgard Pereira se desligou do Iedi para
retomar as atividades de sua
consultoria em regulação e
defesa da concorrência.
CAVE
A Star Wars Exposição
Brasil, que será aberta no dia
5, na Bienal, em São Paulo,
recebeu investimentos de
R$ 4 milhões. Serão 200 peças originais, dos seis filmes
da série. No Brasil, a expectativa é de 250 mil visitantes. A empresa que assina o
projeto no país é a Admirável Entretenimento, de Ricardo Comissoli.
PARA GRINGO
A OceanAir vai começar a
operar vôos charters entre
Portugal e o Nordeste brasileiro. O diretor-executivo da
companhia aérea, Renato
Pascowitch, está em Lisboa
para fechar acordos com
operadoras de turismo.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
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