O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá se reunir na quarta com líderes industriais, na sede da Fiesp, para discutir o problema da concorrência desleal dos produtos chineses no Brasil. Do encontro participarão todas as entidades empresariais que se sentem prejudicadas por essa concorrência.
O encontro de Lula foi acertado na quinta passada durante reunião em Brasília com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, também deve participar do encontro de quarta-feira com os industriais.
No encontro com Lula, Skaf manifestou a insatisfação de diversos setores da indústria pelo fato de o governo brasileiro não ter tomado nenhuma iniciativa até agora para enfrentar a concorrência desleal da China.
Desde que as salvaguardas foram regulamentadas pelo Brasil, em outubro de 2005, pouco mais de 20 setores da indústria encaminharam pedidos ao Ministério do Desenvolvimento para adotá-las contra a China, mas nenhuma foi autorizada até hoje. Vários setores se sentem prejudicados, como o têxtil, o calçadista, o ótico, o de autopeças e pneus e o de bicicletas.
A Fiesp também irá entregar a Lula um estudo que mostra existir um desequilíbrio qualitativo no comércio entre os países. O trabalho faz uma comparação dos produtos comprados pela China do Brasil e vice-versa. A conclusão é que a China vende produtos manufaturados para o Brasil de maior valor agregado e importa só commodities, como soja, minério de ferro, açúcar e café -de baixo valor agregado.
Os empresários também vão lembrar, no encontro com Lula, da recente ameaça do governo chinês de impedir que as empresas do país asiático comprassem minério de ferro da Vale do Rio Doce caso a mineradora elevasse seu preço. Para a Fiesp, isso mostra que a China não é um exemplo de economia de mercado.

SINDICATO NO AR
A contribuição sindical dos aeronautas não beneficiará mais só o Sindicato Nacional dos Aeronautas. As aéreas têm sido notificadas extrajudicialmente de que pilotos e comissários serão representados por outros quatro sindicatos, de São Paulo, Rio, Porto Alegre e Guarulhos.

MERCOSUL E ISRAEL
As negociações para chegar a um acordo de livre comércio entre Mercosul e Israel estão na pauta da Fiesp. Em abril, 120 executivos de empresas dos dois países se reúnem na entidade.

MUNDO DO PLÁSTICO
A Suzano Petroquímica, a Fatec, a Polietilenos União e a PQU se uniram para implantar um curso superior de capacitação de mão-de-obra especializada em plástico, no ABC paulista. Com a iniciativa, a unidade da Fatec da região será ampliada em 1.400 m2 e dobrará seu número de vagas.

AINDA EM ALTA
O grupo SKF, fabricante de rolamentos, começou o ano em expansão. As vendas para montadoras cresceram 8% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

RAÇÃO VALIOSA
De olho no segmento "mais valioso" do mercado de ração, a Nestlé Purina acaba de inaugurar a primeira loja exclusiva da marca, nos Jardins, em SP, com o empresário Dinho Diniz. O objetivo é estreitar o vínculo com clientes que adquiram produtos "superpremium" para seus animais. Em mercados desenvolvidos, o volume de quilos vendidos desse nicho em relação ao total é de 10%, enquanto, no Brasil, fica em 1%, o que mostra seu potencial, diz o argentino José Maria Parra, presidente da Nestlé Purina no país. Ele ressalta que, em valores, os produtos "superpremium" respondem por 15% do faturamento. A estratégia da marca passa ainda por ações e parcerias com clínicas veterinárias e pet shops e inclui negociações para abrir novas lojas ainda em 2006.

MERCADO CRESCENTE
Um dos países que oferecem a maior oportunidade de crescimento no mercado de tecnologia, o Brasil pode se firmar como provedor de serviços e produtos para o resto do mundo. A avaliação é do mexicano Maghandi Suarez, recém-nomeado vice-presidente para a América Latina do Gartner, líder mundial em pesquisas e análise no setor. Depois de uma expansão de 30% em 2005, acima das médias obtidas pela companhia na região e no mundo, a operação brasileira terá atenção e investimentos maiores neste ano. A expectativa é voltar a crescer dois dígitos. O escritório em SP será consolidado como referência para decisões na AL, de olho numa "comunidade local" de cerca de 160 executivos que atuam na área (CIOs), assessorados pelo Gartner e que influenciam em mais de 60% das decisões de compras de TI da região. Suarez diz que, embora o mercado doméstico de tecnologia, de forma geral, esteja 18 meses atrasado em relação aos principais do mundo, em alguns segmentos, como o financeiro, está na vanguarda, à frente de europeus e americanos.

RECUSA
A recusa do cantor havaiano Jack Johnson em aceitar patrocínios em shows levou a promotora de sua vinda ao Brasil, a Mondo, a recusar "várias propostas nas áreas de alimentos, varejo, cosméticos e automóveis", segundo William Crunfli, diretor do grupo. A exceção foi aberta só à operadora de telefonia que irá bancar os shows no país.

REFERÊNCIA
A Giovanni,FCB foi escolhida pela FCB mundial como um dos seis "Centros de Recursos Globais" para dar suporte nas áreas de planejamento, criação, treinamento e marketing de relacionamento, entre outras atividades, aos 109 escritórios do grupo no mundo. A escolha se deveu à performance da agência na área de comunicação no Brasil.

BELÍSSIMA NOS PÉS
Sucesso de audiência, a novela "Belíssima" tem impulsionado negócios. A marca de calçados Azaléia já vendeu 500 mil pares da sandália que leva o nome da novela, lançada há três meses. O dado representa uma média de mais de 5.000 pares por dia do modelo "rasteirinha", que segue o estilo da personagem Vitória, interpretada por Cláudia Abreu.

EM EXPANSÃO
A rede de academias PeléClub acaba de completar um ano de operações com 1.500 alunos nas duas unidades na Grande São Paulo. O resultado supera em 30% as expectativas iniciais para o período. A previsão é que a terceira unidade da rede seja inaugurada na capital paulista, dentro do sistema de franquias, no segundo semestre deste ano.


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