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OUTRO LADO
Indicações foram por competência, afirma executivo
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do conselho de
administração da Bombril,
Valmir Camilo, disse que fez
indicações para cargos na empresa pelos critérios de competência e confiança usados pelo
setor privado.
Disse que os sobrinhos foram
contratados por competência,
e negou que tenha sido responsável pela indicação da ex-mulher para gerente de benefícios
de RH. Qualificou a contratação dela de "equívoco", e disse
que foi ele quem pediu para
que ela se demitisse.
Segundo Camilo, se a contratação dos sobrinhos for o único
ponto negativo de sua administração na Bombril, ficará satisfeito. "Lá não tem roubalheira,
nem sacanagem. Não vão me
pegar fazendo acordos com
compradores atacadistas, nem
com bancos", declarou.
Segundo ele, o conselheiro da
Anabb indicado para diretor de
relações com instituições financeiras, Élcio Bueno, é funcionário aposentado do Banco
do Brasil e dá cursos para formação de executivos.
Afirmou que quando assumiu a empresa, em 2004, ela estava com salários atrasados e
com fábricas paradas, e que deveria ser julgado pelos resultados da administração.
A empresa informou que deve fechar 2005 com lucro. A estimativa não-oficial é de que o
lucro seja de cerca de R$ 100
milhões, após sucessivos prejuízos nos anos anteriores.
O faturamento mensal chegou a R$ 80 milhões no final do
ano passado, mas caiu no começo deste ano. Segundo a
Bombril, a queda nas vendas é
sazonal no início de ano.
Ele disse não acreditar que a
guerra interna da Bombril respingue na eleição da Previ, por
ele não representar o fundo de
pensão no conselho de administração da companhia, e porque diz estar convencido de
que a Previ ganhou com a valorização das ações.
Quanto ao fato de a corretora
de seguros Mastercor ter patrocinado seu filho em disputas de
kart, disse que é ele quem banca o filho nos esportes, e que a
marca da corretora foi colocada no carro de corrida para
atrair patrocinadores.
Afirmou ter indicado o ex-presidente do Banco Popular
Ivan Guimarães para conselheiro da Bombril na tentativa
de aproximar a empresa do BB
e do BNDES, porque ela tem dificuldade para conseguir recursos bancários e continua na dependência de factorings (financiam empresas a taxas de juros
superiores às da rede bancária). A estratégia, segundo ele,
deu errado porque estourou o
turbilhão das denúncias sobre
o "valerioduto", "e ficou inviável caminhar naquela direção".
Em relação à contratação de
Reinaldo Abud -casado com
a irmã da ex-mulher- para secretário-executivo dos conselhos fiscal e deliberativo, disse
que precisava de um advogado
para conduzir as reuniões em
São Paulo e que, por morar em
Brasília, não tinha "círculo social" na capital paulista para
obter a indicação de outro profissional de confiança. Alegou
ainda que cunhado de ex-mulher não é parente.
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