São Paulo, terça-feira, 27 de março de 2007

Próximo Texto | Índice

Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Distribuição da renda melhora, diz pesquisa

O número de pessoas das classes de menor poder aquisitivo diminuiu no país. Cerca de 8 milhões de brasileiros deixaram as classes D e E rumo às camadas superiores em 2006.
A conclusão é da pesquisa Observador, que a Cetelem fez em parceria com o instituto Ipsos e divulga hoje.
Com a migração, 54% da população brasileira passou a ocupar a parte de cima da pirâmide -classes A, B e C. Em 2005, a parcela era de 49%.
Segundo a pesquisa, as classes D e E fecharam o ano com dinheiro no bolso, depois de a renda disponível ter caído em 2005. Ao contrário do que aconteceu naquele ano, quando uma parcela da população fechou dezembro com renda negativa de R$ 16,56, em 2006, fechou no azul.
Para Franck Vignard-Rosez, diretor-executivo de desenvolvimento e marketing da Cetelem Brasil, o movimento social é reflexo de um conjunto de fatores. Entre eles, o aumento de renda disponível (renda total, menos gastos essenciais), o maior acesso e o uso de produtos de crédito, e de políticas sociais de distribuição de renda.
Outra tendência apontada pela pesquisa diz respeito ao consumo -a mobilidade já se refletiu na intenção de compras da camada mais baixa da população, o que pode aquecer bastante o comércio. No topo do ranking dos produtos mais desejados, estão eletrodomésticos e móveis.
Além da maior mobilidade, também aumentou o otimismo. A pesquisa detectou que, em 2006, 51% dos brasileiros acreditavam que a situação financeira e o padrão de vida vão melhorar. Em 2005, não passava de 44%.
"A sensação geral das pessoas das classes DE é de uma melhoria incrível em sua capacidade de participar ativamente da economia", afirma Vignard-Rosez.
O último ano foi marcado pela queda do endividamento dessas populações, apesar de os gastos não-essenciais terem crescido. "Em média, esse grupo de indivíduos fechou dezembro com dinheiro no bolso, ao contrário de 2005."

CHURRASQUEIRA
A rede gaúcha de churrascarias Fogo de Chão vai ampliar seu programa de expansão. A primeira inauguração acontece em abril, em Minneapolis, nos EUA. Até o final de 2007, serão inauguradas quatro casas, três delas, nos EUA, que receberão investimentos de US$ 15 milhões ao todo. A loja brasileira ficará em Brasília e nela serão investidos mais aproximadamente US$ 4 milhões. A rede, que possui sete lojas nos EUA e quatro no Brasil, deve dobrar de tamanho nos próximos cinco anos. A Fogo de Chão foi criada em 1979 e está nos EUA desde 1997.

LUXO NA MONTANHA
A Atlantica Hotels International anuncia hoje o lançamento do Blue Mountain, primeiro resort de luxo de Campos do Jordão. O primeiro módulo, que será inaugurado em junho, é um hotel, com 94 apartamentos, que recebeu investimentos de R$ 25 milhões e ocupará 600 mil m2. A segunda fase do projeto abrange a construção de um centro de convenções, um residencial e um spa para recuperação pós-cirúrgica. "Além do público comum, queremos difundir o uso para eventos empresariais", afirma Annie Morrisey, vice-presidente de vendas e marketing.

GUERRA LIGHT 1
A AmBev anuncia nova investida no segmento de bebidas light, depois de a H20H! ter superado as vendas da Coca-Cola Light na Grande São Paulo. O grupo vai alinhar todo o seu portfólio sob o conceito Zero Açúcar. O primeiro lançamento foi o Guaraná Antarctica Zero Açúcar. Agora, serão lançadas a nova Sukita, a Tônica e a Pepsi.

GUERRA LIGHT 2
Já a Coca-Cola Femsa, a partir de hoje, começa a comercializar a Coca-Cola Zero, versão sem açúcar do refrigerante. O produto será distribuído em toda a área de atendimento da companhia. Com o lançamento, a empresa amplia o portfólio de marcas de baixas calorias.

CULTURAL
A Caixa recebeu 2.695 inscrições de projetos culturais para as áreas de artes cênicas, música, cinema e artes visuais para ocupação dos espaços da Caixa Cultural, em Brasília, Curitiba, Rio, Salvador e São Paulo. Foram destinados 234 projetos ao Caixa Cultural São Paulo.

REFLORESTAMENTO
A Bradesco Capitalização possibilitou a neutralização de cerca de 10,125 milhões de toneladas de carbono com a venda do título Pé Quente Bradesco SOS Mata Atlântica. O produto é comercializado desde 2004 e atingiu 1,5 milhão de unidades vendidas no fim de 2006. Parte da venda do título é destinada a um programa de reflorestamento.


com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA

Próximo Texto: Consignado e queda da Selic reduzem taxa média de juros
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.