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Alta na importação deixa saldo comercial 10% menor
Superávit da balança é de US$ 7,7 bilhões em 2007
ANA PAULA RIBEIRO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
O forte crescimento das importações já derruba em 10% o
saldo da balança comercial em
2007. No ano, o superávit comercial é de US$ 7,722 bilhões,
10,6% menos que o registrado
no mesmo período do ano passado (US$ 8,636 bilhões).
A redução do saldo não significa que o Brasil está vendendo
menos ao exterior, pelo contrário. As exportações cresceram
do início do ano até domingo
14%. Mas as importações estão
crescendo com maior velocidade, de 25,4%, para US$ 30,9 bilhões, segundo o Ministério do
Desenvolvimento.
A baixa cotação do dólar, que
ontem fechou a R$ 2,062, explica esse desempenho. O câmbio
nesse caso é favorável para a
compra de produtos importados. Por outro lado, os produtos
brasileiros, em tese, perdem
competitividade no exterior.
Esse movimento ocorre desde 2006. Por esse motivo, a
queda no saldo comercial era
prevista por analistas e pelo
próprio governo. A previsão do
mercado é que o saldo fique positivo em US$ 39,6 bilhões.
A meta do ministério para este ano é exportar US$ 152 bilhões -não há uma meta para
vendas. No ano passado, a balança registrou recorde, com
saldo de US$ 46,077 bilhões.
Março
Os negócios fechados na última semana contribuíram para
o atual resultado. Na quarta semana do mês (dias 19 a 25), o
saldo ficou positivo em US$
658 milhões, com exportações
de US$ 2,980 bilhões e importações de US$ 2,322 bilhões. No
acumulado de março, o saldo
está em US$ 2,353 bilhões
(vendas de US$ 9,835 bilhões e
compras de US$ 7,482 bilhões).
A média diária das importações, que é o total negociado
por dia útil, está em US$ 440,1
milhões, crescimento de 30,9%
no mês na comparação com
março do ano passado. Os gastos com adubos e fertilizantes
(166,6%), cereais e produtos de
moagem (77,5%) e produtos
farmacêuticos (64,3%) foram
os que mais cresceram.
Do lado das exportações, a
média diária do mês é de US$
578,5 milhões, aumento de
17,1% sobre o mesmo mês de
2006. O crescimento ocorreu
nas três categorias de produtos.
O maior crescimento foi em
produtos manufaturados,
19,2%, principalmente pelo aumento das vendas de álcool etílico, suco de laranja congelado,
polímeros plásticos e motores e
geradores. No caso dos básicos,
que apresentaram uma elevação nas vendas de 16,4%, cobre,
milho em grãos e carnes contribuíram para esse incremento.
As exportações de semimanufaturados acumulam alta de
12,5%, beneficiadas pelo aumento das vendas de cátodos
de níquel e cobre e óleo de soja
em bruto. No ano, a média diária das exportações está em
US$ 542,1 milhões, 14% maior
do que até a quarta semana de
março de 2006. No caso das importações no ano, a média é de
US$ 406,6 milhões.
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