São Paulo, terça-feira, 27 de março de 2007

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

NA LIDERANÇA
O setor de adubos e fertilizantes está entre os líderes em crescimento nas importações neste mês. Dados da Secex indicam que os gastos, até o dia 25, superaram em 167% os de igual período de 2006.

QUANTO GASTA
Segundo os dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior, os gastos médios diários estão em US$ 13,8 milhões. Mantida essa tendência média nesta semana, o país vai gastar cerca de US$ 300 milhões neste mês.

BASE RUIM
Esse crescimento das importações tem vários motivos, na avaliação de Eduardo Daher, da Anda (associação do setor). Um deles é a base ruim de comparação dos dados. No início de 2006, os produtores viviam a crise de preços nas commodities e pisaram no freio nas compras de adubos e fertilizantes.

ESTOQUE DE PASSAGEM
A busca do produto externo se deve, ainda, aos baixos estoques de passagem de adubos e fertilizantes. Além disso, o setor viveu um momento de aquecimento no último trimestre de 2006, que se estendeu para 2007.

MUDANÇA DE TENDÊNCIA
Para Daher, esse aquecimento nas importações ocorreu, ainda, devido a problemas em uma planta de produção de uréia no mercado interno. Mas a entrega de produto pelas indústrias já perde força, em parte devido à elevação dos preços.

NA PONTA DO LÁPIS
A alta dos preços ocorre porque há forte demanda mundial por adubos e fertilizantes. Apesar dessa alta, os produtores com previsão de boa remuneração -como cana, soja e milho- fazem contas e antecipam as compras deste ano, diz Daher.

ETANOL PARA O JAPÃO
O grupo São Martinho assinou contrato de compra e venda de etanol com a Mitsubishi Corporation, prevendo a exportação de álcool por 30 anos. O grupo também vendeu aos japoneses 10% do capital da Usina Boa Vista.

MAIS LARANJA
Ao contrário do que se previa, a próxima safra de laranja não deverá cair e será igual à anterior. "Parece que estamos caminhando para uma safra semelhante", disse Ademerval Garcia, da Abecitrus, à Bloomberg. O motivo: chuvas abundantes nas regiões de produção.

QUEDA CONTÍNUA
Uma procura menor por frango nas granjas paulistas fez o preço voltar a cair. Ontem, as negociações com a ave viva recuaram para R$ 1,30 por quilo, com queda de 7,1%. A arroba do suíno também apresentou redução e chegou a ser negociada a R$ 31 em São Paulo, conforme pesquisa da Folha.


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