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Citigroup pode demitir até 15 mil funcionários
Cortes devem atingir empregados em todo o mundo; intenção é reduzir custos
Plano de reestruturação deve ser anunciado em meados de abril e pode custar US$ 1 bilhão para empresa com sede nos EUA
DA REDAÇÃO
Em um plano de reestruturação a ser divulgado no mês que
vem, o Citigroup deve anunciar
que vai cortar até 15 mil empregos (cerca de 5% de sua força de
trabalho) em todo o mundo.
As demissões podem custar
até US$ 1 bilhão para o banco e,
segundo analistas, significar
uma redução de US$ 2 bilhões
em seus custos anuais. O plano,
que deve ser anunciado até o
dia 16 dia abril, está em fase de
conclusão.
Uma das hipóteses estudadas
é que parte dos cortes seja resolvida pela não-contratação
de substitutos de profissionais
que deixam a empresa, e não
por demissões. Entre 30 mil e
50 mil funcionários saem do
banco todos os anos. O Citigroup tem cerca de 327 mil empregados, atua em cem países e
conta com aproximadamente
200 milhões de clientes.
A empresa vem sendo pressionada por acionistas para reduzir gastos e aumentar os lucros. No ano passado, o príncipe saudita Alwaleed bin Talal,
que é o principal acionista do
banco, pediu ações "draconianas" para conter as despesas da
companhia.
As ações do Citigroup renderam menos na Bolsa de Nova
York em 2006 do que as dos rivais JP Morgan Chase e Bank of
America.
O principal executivo do grupo, Chuck Prince, que disse ontem que não comentaria o plano de reestruturação, afirmou
anteriormente que a origem de
parte dos problemas de custos
do Citigroup é que o banco não
soube integrar adequadamente
as empresas adquiridas na década passada.
No ano passado, os gastos
operacionais do Citigroup cresceram 15% em relação a 2005.
Em contrapartida, o faturamento se expandiu em um ritmo menos acelerado: 7%.
Investimentos no exterior
Apesar da expectativa de cortes, Prince anunciou ontem na
Índia que o Citigroup pretende
expandir as suas operações no
país asiático. Ele também disse
que a Índia será um dos dois ou
três países (fora os EUA) que
serão prioridades para o Citigroup. Ele não mencionou
quais seriam os outros.
O mercado bancário indiano
é considerado um dos mais
promissores do mundo. Não
apenas pelas altas taxas de
crescimento da economia do
país mas porque o setor é controlado em grande parte por
instituições estatais.
Segundo Prince, a intenção
do Citigroup é que o faturamento fora dos EUA represente cerca de 60% dos ganhos do
grupo -no ano passado, foi de
cerca de 45%. No quarto trimestre de 2006, as operações
internacionais renderam receita de US$ 10 bilhões.
De acordo com o "Wall Street
Journal", o banco americano
está interessado na compra do
holandês ABN Amro, que
atualmente está em discussões
com o britânico Barclays. A reportagem também afirma que
um dos principais interesses do
Citigroup é o brasileiro ABN
Amro Real.
Com cerca de 200 mil clientes no Brasil, o banco está expandindo suas operações no
país e praticamente dobrou o
número de agências no ano
passado em relação a 2005.
Com agências internacionais
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