São Paulo, terça-feira, 27 de março de 2007

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Presidentes de montadoras pedem mais postos com álcool

DE WASHINGTON

Como parte da estratégia de fazer vingar seu ambicioso plano de independência energética, o presidente George W. Bush recebeu ontem na Casa Branca os executivos das três principais montadoras norte-americanas. O que era para ser mais uma "photo opportunity", um evento de divulgação, tomou cores de reivindicação.
No gramado sul da residência presidencial, Alan Mulally (Ford), Richard Wagoner (GM) e Tom LaSorda (Chrysler) mostraram ao presidente respectivamente seus Edge, movido a eletricidade, o "flex-fuel" Impala e o Grand Cherokee que anda com biodiesel. Ambos evitaram tocar no plano "20 em 10", lançado pelo presidente no discurso "O Estado da União".
A estratégia, que prevê que o mercado americano substitua nos próximos dez anos 20% de toda a gasolina que consome por biocombustíveis, dos quais até 70% podem vir do etanol, encontra resistência entre as montadoras, por ser considerada de difícil execução.
Em vez de críticas diretas, os dirigentes optaram por fazer pedidos. "Expressamos ao presidente que estamos dispostos a liderar a iniciativa, mas necessitamos que o governo e os fornecedores de combustível aumentem a infra-estrutura antes de nós conseguirmos produzir impacto significativo", disseram em comunicado.
Hoje, apenas 1.100 bombas dos 170 mil postos no país contam com o combustível E85, que leva 15% de etanol em sua mistura. Conversando com repórteres sobre a escassez de oferta desse tipo de combustível à saída da Casa Branca, LaSorda disse: "Temos de ter a infra-estrutura pronta".
Por sua vez, os três ouviram elogios do presidente ao se comprometerem a fazer metade da frota norte-americana "flex-fuel até 2012". "Será um avanço tecnológico fantástico para o país", disse Bush. (SD)


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