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Presidentes de montadoras pedem mais postos com álcool
DE WASHINGTON
Como parte da estratégia de
fazer vingar seu ambicioso plano de independência energética, o presidente George W.
Bush recebeu ontem na Casa
Branca os executivos das três
principais montadoras norte-americanas. O que era para ser
mais uma "photo opportunity",
um evento de divulgação, tomou cores de reivindicação.
No gramado sul da residência
presidencial, Alan Mulally
(Ford), Richard Wagoner (GM)
e Tom LaSorda (Chrysler)
mostraram ao presidente respectivamente seus Edge, movido a eletricidade, o "flex-fuel"
Impala e o Grand Cherokee que
anda com biodiesel. Ambos evitaram tocar no plano "20 em
10", lançado pelo presidente no
discurso "O Estado da União".
A estratégia, que prevê que o
mercado americano substitua
nos próximos dez anos 20% de
toda a gasolina que consome
por biocombustíveis, dos quais
até 70% podem vir do etanol,
encontra resistência entre as
montadoras, por ser considerada de difícil execução.
Em vez de críticas diretas, os
dirigentes optaram por fazer
pedidos. "Expressamos ao presidente que estamos dispostos
a liderar a iniciativa, mas necessitamos que o governo e os
fornecedores de combustível
aumentem a infra-estrutura
antes de nós conseguirmos
produzir impacto significativo", disseram em comunicado.
Hoje, apenas 1.100 bombas
dos 170 mil postos no país contam com o combustível E85,
que leva 15% de etanol em sua
mistura. Conversando com repórteres sobre a escassez de
oferta desse tipo de combustível à saída da Casa Branca, LaSorda disse: "Temos de ter a infra-estrutura pronta".
Por sua vez, os três ouviram
elogios do presidente ao se
comprometerem a fazer metade da frota norte-americana
"flex-fuel até 2012". "Será um
avanço tecnológico fantástico
para o país", disse Bush.
(SD)
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