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Itália investe US$ 480 mi em biocombustível
JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Os italianos pretendem investir US$ 480 milhões (algo
próximo a R$ 990 milhões) em
fábricas de biodiesel brasileiras. O valor deverá ser repassado ao longo de quatro anos, informou o primeiro-ministro da
Itália, Romano Prodi.
Em visita ao país, ele esteve
ontem na capital paulista, durante encontro promovido pela
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O combustível será adquirido pelas empresas: Agip, First
American Petroleum, Petrogras e Europe Oil.
Prodi informou ainda que
deve ser anunciado um acordo
entre empresários brasileiros,
a Petrobras e sua equivalente
italiana, a ENI (Ente Nazionale
Idrocarburi).
A idéia é criar uma joint venture ítalo-brasileira na África
para abastecer o mercado europeu. Na lista de países para
abrigar o projeto, estão Moçambique e Angola.
O premiê italiano lembrou
que a atual política da União
Européia prevê uso de 20% de
energia renovável. "Essa nova
realidade altera a estrutura industrial da Itália, porque estamos muito distantes deste percentual", disse Prodi.
"O Brasil está dando à Itália
nesse momento mais importância do que já deu em qualquer outro momento", afirmou
o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, em seu programa semanal de rádio.
O comércio bilateral entre
Brasil e Itália cresceu nos últimos anos - passou de US$ 3,6
bilhões em 2002 para US$ 6,4
bilhões no ano passado. Isso representa uma alta de 77,8%.
Para o presidente da Fiesp,
Paulo Skaf, os números são
bons, mas poderiam ser ainda
melhores. Ele lembrou que a
Itália tem um fluxo comercial
com o mundo de cerca de US$
800 bilhões, mas a fatia brasileira não ultrapassa 0,5%.
"Duas são as palavras-chave:
equilíbrio e ambição", resumiu.
Nos cálculos da entidade, há
espaço para a corrente de comércio entre os países chegar a
US$ 10 bilhões até 2010.
Skaf, assim como Prodi, lembrou que Brasil e Itália firmaram o desenvolvimento de uma
linha de crédito para pequenas
empresas brasileiras que importam tecnologia e maquinário italiano. Serão empregados
100 milhões. A linha começa
a vigorar até 30 de maio.
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