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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Indústria cresceu quase 10% em fevereiro, diz economista
A indústria brasileira iniciou
o ano com o pé no acelerador.
Em fevereiro, a produção industrial deve ter crescido 9,8%
em relação ao mesmo mês do
ano passado, segundo projeção
que acaba de ser feita pela MB
Associados. Em relação a janeiro, a expansão foi de 0,5%.
Os cálculos foram feitos com
base em alguns indicadores já
conhecidos e que têm peso importante no cálculo do índice.
Entre eles, a produção de veículos, que registrou uma alta de
24,6% em fevereiro; os dados
de papel ondulado, com um
crescimento de 3,8%; e o consumo de energia, que subiu
3,5%.
Segundo o economista Sérgio
Vale, da MB Associados, esses
dados reforçam a preocupação
manifestada pelo Banco Central na última ata do Copom em
relação ao aquecimento da economia neste início do ano.
Diante desses indicadores, aumentam as chances de o Copom aumentar a taxa de juros
já na próxima reunião, em abril.
De acordo com Vale, o Banco
Central tem mantido coerência
em todas as suas manifestações
e agora não deverá ser diferente. Como ele já fez essa ameaça
de subir os juros pelo menos
duas vezes, agora a tendência
será a de cumprir a promessa.
O economista acha, no entanto, que seria mais prudente
não aumentar o juro agora. Ele
argumenta que os alimentos
não devem pressionar tanto a
inflação como no ano passado
e, além disso, o índice está dentro da meta, o que pode fazer
com que o BC espere mais um
pouco para tomar a decisão de
subir os juros.
Outro fator importante é o
fato de a Petrobras já ter informado que não irá subir o preço
da gasolina e do álcool neste
ano. Em 2004, quando o Brasil
teve crescimento de 5,7% e o
Banco Central foi obrigado a
subir os juros para deter o crescimento a fim de evitar a alta da
inflação, a gasolina foi a grande
vilã da alta de preços. Essa
ameaça, pelo menos por enquanto, está fora de cogitação.
Mesmo assim, Vale acha
muito difícil o Banco Central
não aumentar o juro.
BAGAGEM
O mercado de turismo brasileiro espera crescer o dobro da
economia brasileira neste ano. A alta poderia ser até maior,
não fosse a falta de assentos, segundo José Eduardo Barbosa, presidente da Braztoa, associação de operadoras de turismo que reúne 71 associados, que respondem por 80% dos
pacotes turísticos vendidos no Brasil. De acordo com a entidade, o mercado deve crescer cerca de 10% neste ano, impulsionado pelo cenário econômico e a queda do dólar. Para
os pacotes internacionais, a previsão é um aumento na ordem de 15%. A novidade é a alta na procura por pacotes para Dubai e países do norte e leste europeu. No mercado doméstico, os operadores prevêem um aumento de 8%.
Transporte de carga na hidrovia Tietê-Paraná cresce 20% em 2007
O transporte de cargas na hidrovia Tietê-Paraná atingiu recorde histórico em 2007, com
4,7 milhões de toneladas transportadas, contra 3,9 milhões de
toneladas em 2006, o que representa crescimento de 20%.
Oswaldo Rossetto, diretor do
departamento hidroviário do
Estado de São Paulo, afirma
que o crescimento do volume
transportado superou a expectativa do governo, que esperava
um avanço de 10% no período.
Apesar do aumento registrado no ano passado, o volume de
cargas transportado por hidrovia ainda é pequeno. De acordo
com o último dado disponível
do Dnit, a via representou 13%
do total das cargas transportadas no Brasil em 2006.
O governo de São Paulo atribui o crescimento ao transporte de milho e açúcar, que começou a ser feito pela hidrovia Tietê-Paraná no ano passado.
O açúcar já havia entrado na hidrovia, em caráter experimental, entre 2002 e 2003.
A estimativa do departamento hidroviário é chegar a 5,2 milhões de toneladas transportadas até o fim deste ano.
IRRACIONAL
O livro "Previsivelmente
Irracional: Como as Situações do Dia-a-Dia Influenciam as Nossas Decisões"
(Campus-Elsevier, 248
págs., R$ 49,90), do economista do MIT Dan Ariely,
acaba de ser lançado no país.
A obra fala dos resultados de
experimento com alunos do
Instituto de Tecnologia de
Massachusetts sobre como
as pessoas tomam decisões.
BOLÉIA
A Confenar (confederação
das revendas AmBev e das
empresas de logística da distribuição) espera comprar
mais de 300 caminhões a pedido das empresas associadas. Serão R$ 45 milhões em
veículos Ford, Volkswagen e
Mercedes-Benz. Segundo
pesquisa da entidade, 60%
dos revendedores preferem
o leasing como forma de financiamento dos veículos.
CONTRATO
A empresa de comercialização de energia Light Esco,
do grupo Light, fechou contrato com a Pilkington, fábrica de vidros, e a Dedini,
que faz caldeiras para a indústria de cana-de-açúcar. A
empresa diz esperar ampliação da atuação fora da área
de concessão da Light.
NO CAMINHO
Começa hoje, na Assembléia Legislativa de São Paulo, um seminário sobre a reforma tributária. Com abertura de Ives Gandra, o evento vai prosseguir por quatro
quintas-feiras. Na lista de
palestrantes, estão nomes
como Clóvis Panzarini, ex-coordenador tributário da
Secretaria da Fazenda, e
Hélcio Honda, diretor da
Fiesp. O encerramento, no
dia 24, será feito por Mauro
Ricardo Machado Costa, secretário da Fazenda de SP.
VÔO
Luiz França, presidente
do AOB Brasil (AntiguaOverseas Bank), um dos maiores do Caribe, desembarcou
em Bogotá para assumir a
Corretora de Valores GES,
que foi comprada pelo grupo
nesta semana. A GES tem
carteira com 20 mil clientes.
A corretora custou US$ 7
milhões.
com JOANA CUNHA e VERENA FORNETTI
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