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Jornal domina noticiário na internet e ganha leitor
Audiência aumenta com sites, aponta relatório
DA REDAÇÃO
Apesar das novas fontes para
acesso à informação, com a internet, hoje os americanos consomem mais o que é produzido
pelas redações da mídia tradicional, "particularmente de imprensa", do que antes.
A conclusão é do relatório
The State of the News Media
2008, o estado da mídia noticiosa, lançado nesta semana
pelo Projeto para a Excelência
em Jornalismo, que surgiu na
Universidade Columbia e hoje
é vinculado ao instituto Pew.
"On-line, por exemplo", argumenta o relatório, "os dez
principais sites de notícias, em
sua maior parte de marcas tradicionais, estão mais para uma
oligarquia" do que para a democratização via internet prevista por obras como "A Cauda
Longa" (ed. Campus, 2006), de
Chris Anderson.
Nos jornais dos EUA, "as perdas em circulação, ainda que
não estejam se acelerando,
prosseguiram" em 2007, mas a
"audiência total, incluindo os
sites, está em alta". E "há mais
sinais de inovação do que antes", nas redações.
Confiáveis
Sobre a audiência on-line, o
relatório reproduz cálculo da
Associação de Jornais da América, para visitantes únicos
mensais: no terceiro trimestre
de 2007, resultado 3,7% superior a igual período de 2006.
De modo geral, diz o relatório, "o número de americanos
que se informam on-line está
crescendo, e muitos deles estão
indo para marcas estabelecidas
confiáveis".
No ranking dos dez sites de
notícias de maior audiência nos
EUA, que o relatório reproduz
do instituto Nielsen, a liderança é do Yahoo News, que tem
parceria com mais de 400 jornais diários.
E o maior crescimento no
ano foi do Google News, agora
em oitavo na lista e que fechou
parceira com cerca de 600 jornais diários.
As marcas tradicionais na relação são CNN, NBC, ABC e
CBS, originárias da televisão, e
"The New York Times", "USA
Today" e a rede Gannett, originárias da imprensa.
Em contraste, sublinha o State of the News Media 2008,
"apesar da proliferação dos
blogs, dados sugerem que a
maioria dos americanos ainda
não os aceitam como fontes significativas de informação".
O relatório reproduz pesquisa do instituto Zogby, em 2007,
em que os blogs apareceram no
final da lista de fontes "importantes" para notícias, com 30%,
"muito atrás de sites (81%), televisão (78%), rádio (73%), jornais (69%) e revistas (38%)".
Ficavam atrás também de
"amigos e vizinhos", que 39%
dos norte-americanos consideram importante fonte de informação.
O grande problema
O Projeto para a Excelência
em Jornalismo avalia que a
questão é outra. "Mais e mais, o
grande problema a ser enfrentado pela mídia tradicional é
menos "onde" as pessoas obtêm
informação e mais "como" pagar
por ela: é a realidade emergente
de que a publicidade não está
migrando para os sites junto
com o consumidor."
Foi o que o relatório ouviu de
"publishers" americanos, falando em "dificuldade de mudança" nas áreas comerciais
dos próprios jornais e nas agências de publicidade.
O crescimento do faturamento com publicidade nos sites de notícias, segundo o TNS
Media Intelligence, citado no
relatório, diminui ano a ano.
Segundo o Interactive Advertising Bureau, o crescimento da
publicidade on-line, de modo
geral, vem diminuindo.
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