São Paulo, terça-feira, 27 de abril de 2004

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Juro sobe mesmo com Selic menor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os juros cobrados pelos bancos nos empréstimos concedidos a seus clientes sofreram uma ligeira elevação no mês passado, segundo o Banco Central. A taxa média cobrada pelas instituições financeiras chegou a 45,3% ao ano em março, contra 45,1% anuais em fevereiro, apesar da queda da taxa básica de juros (Selic) de 16,5% para 16,25% ao ano em março.
A alta ocorreu nos financiamentos utilizados por empresas. Nessas modalidades de crédito, a taxa média passou de 30,2% ao ano para 30,4%. Entre as pessoas físicas, os juros caíram de 64,2% ao ano para 64,0%.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, diz que essa alta reflete os juros maiores cobrados das empresas devido à instabilidade do mercado financeiro observada no mês passado. Devido a essa maior turbulência, cresceram as apostas de que o dólar possa subir nos próximos meses. Esse pessimismo relativo ao comportamento do câmbio, de acordo com Lopes, foi repassado às taxas praticadas pelos bancos.
Nos empréstimos a pessoas físicas, as taxas recuaram. No cheque especial, os juros médios caíram de 142,9% ao ano para 142,0%, o valor mais baixo registrado pelo levantamento do BC desde maio de 2000.
No crediário (excluído o financiamento de veículos), a taxa média praticada caiu de 65,4% ao ano para 62,9%. Entre as empresas, os juros cobrados em algumas modalidades também recuaram. No financiamento de capital de giro, a taxa passou de 37,9% ao ano para 36,1%.
Segundo Lopes, dados parciais mostram que, neste mês, os juros praticados pelos bancos na maioria das modalidades de crédito estão praticamente estáveis em relação aos números fechados em março.


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