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Juro sobe mesmo com Selic menor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os juros cobrados pelos bancos
nos empréstimos concedidos a
seus clientes sofreram uma ligeira
elevação no mês passado, segundo o Banco Central. A taxa média
cobrada pelas instituições financeiras chegou a 45,3% ao ano em
março, contra 45,1% anuais em
fevereiro, apesar da queda da taxa
básica de juros (Selic) de 16,5%
para 16,25% ao ano em março.
A alta ocorreu nos financiamentos utilizados por empresas. Nessas modalidades de crédito, a taxa
média passou de 30,2% ao ano
para 30,4%. Entre as pessoas físicas, os juros caíram de 64,2% ao
ano para 64,0%.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, diz
que essa alta reflete os juros maiores cobrados das empresas devido
à instabilidade do mercado financeiro observada no mês passado.
Devido a essa maior turbulência,
cresceram as apostas de que o dólar possa subir nos próximos meses. Esse pessimismo relativo ao
comportamento do câmbio, de
acordo com Lopes, foi repassado
às taxas praticadas pelos bancos.
Nos empréstimos a pessoas físicas, as taxas recuaram. No cheque
especial, os juros médios caíram
de 142,9% ao ano para 142,0%, o
valor mais baixo registrado pelo
levantamento do BC desde maio
de 2000.
No crediário (excluído o financiamento de veículos), a taxa média praticada caiu de 65,4% ao
ano para 62,9%. Entre as empresas, os juros cobrados em algumas modalidades também recuaram. No financiamento de capital
de giro, a taxa passou de 37,9% ao
ano para 36,1%.
Segundo Lopes, dados parciais
mostram que, neste mês, os juros
praticados pelos bancos na maioria das modalidades de crédito estão praticamente estáveis em relação aos números fechados em
março.
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