São Paulo, terça-feira, 27 de abril de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Ações da Embratel fecharam em queda; com apenas R$ 733 milhões negociados, Bolsa caiu 1,24%

Teles sofrem após divulgação de documento

DA REPORTAGEM LOCAL

As ações preferenciais das teles envolvidas na disputa pela Embratel tiveram um dia ruim ontem na Bovespa. O papel PN da Brasil Telecom caiu 2,19%. A ação PN da Telemar recuou 0,6%.
O documento apreendido pela polícia na mesa do vice-presidente da Telefônica e divulgado pela Folha no domingo, que fala em alinhamento de tarifas pelo teto caso o consórcio Calais vencesse a disputa pela Embratel, causou mal-estar no mercado. As ações da Embratel fecharam em queda. O papel com direito a voto (ON) da empresa recuou 2,96%, e o preferencial (PN) caiu 2,63%.
Outro papel que sofreu impacto negativo foi o preferencial da Telesp, que recuou 3,25%.
No pregão mais fraco em um mês, a Bovespa aprofundou ainda mais sua queda mensal acumulada, que agora está em 3,7%. Ontem a Bolsa de Valores de São Paulo recuou 1,24%.
Analistas avaliam que o mercado necessita de novidades (como o nome do novo dono da Embratel e a decisão sobre o tamanho do reajuste do salário mínimo) para ganhar ânimo.
O mercado de câmbio também teve um dia parado. O dólar fechou estável, a R$ 2,911.
Os contratos DI, que seguem as taxas de juros, oscilaram pouco na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Foram negociados ontem 30% a menos de contratos.
Nem mesmo a recomendação do banco UBS a investidores para que aumentem a exposição em ações do Brasil, em detrimento a papéis do México, animou os negócios na Bolsa. O giro no pregão de ontem ficou em apenas R$ 733 milhões. O volume médio negociado diariamente neste ano é de R$ 1,24 bilhão.
Hoje a Fipe divulga o IPC referente à terceira quadrissemana do mês. O mercado tem acompanhado de perto, mais do que nunca, as variações nos preços, a fim de se posicionar para as futuras oscilações da taxa básica de juros.
Ontem na BM&F o contrato DI com prazo de resgate mais curto fechou com taxa de 15,74%, abaixo da atual Selic (taxa básica de juros da economia, que está em 16% anuais).
Nesses dias de fracos negócios, a Bovespa informou que as compras de ações feitas com capital estrangeiro superaram as vendas em R$ 588,6 milhões no mês até o dia 20. Em março, esse saldo ficou positivo em R$ 274,3 milhões.
(FABRICIO VIEIRA)


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