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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Rhodia aposta as suas fichas no álcool
A Rhodia está desenvolvendo
estudos para intensificar o uso
do álcool no seu processo de
produção de solventes químicos no Brasil. A empresa já utiliza 120 milhões de litros de álcool por ano e é a maior consumidora do produto para uso industrial no país.
A informação de que a Rhodia pretende aumentar o consumo do álcool foi dada pelo
principal executivo e, desde o
mês passado, o presidente
mundial da companhia, Jean-Pierre Clamadieu, um francês
de 49 anos que fala o português
fluente e já morou no Brasil entre os anos de 1996 e 1999,
quando dirigiu uma operação
local da empresa.
O objetivo da Rhodia, ao intensificar os estudos para o desenvolvimento do uso industrial do álcool, é o de encontrar
um substituto com preço mais
competitivo do que o petróleo
na sua cadeia de produção.
A Rhodia é pioneira no uso
do álcool na indústria no Brasil.
Hoje, cerca de 15% a 20% da
produção total da empresa no
país já é feita a partir do biocombustível. Clamadieu quer
que esse percentual se eleve
significativamente, mas não
quer arriscar um número.
Os planos de Clamadieu são
de transferir para o Brasil as linhas de produção da Rhodia no
mundo inteiro que podem ser
alimentadas pelo álcool. Segundo ele, o álcool produzido
nos Estados Unidos e na Europa não são tão competitivos
quanto o do Brasil, que é extraído a partir da cana-de-açúcar.
Hoje, 110 pesquisadores trabalham no centro de estudos de
Paulínia nessas pesquisas para
desenvolver o uso do álcool na
cadeia de produção da Rhodia.
A Rhodia possui no Brasil um
dos cinco centros de pesquisa
espalhados pelo mundo.
O Brasil é o país mais importante da Rhodia. Dos 5,1 bilhões de faturamento no ano
passado, cerca de 1 bilhão foi
gerado no Brasil. O país representa 17% do faturamento da
companhia, o maior entre todos os países onde a empresa
está presente. A França, sede
da Rhodia, responde por 11%
do total da receita.
O maior projeto de investimento da Rhodia no mundo se
realiza no Brasil. A empresa está investindo 300 milhões
para aumentar a produção de
fenol em Paulínia. O fenol é um
dos componentes para a produção de nylon, tecido plástico
e aspirina. Esse projeto faz parte de uma operação maior que
vai proporcionar um investimento de R$ 1 bilhão da Companhia Petroquímica União e
Unipar.
"A Rhodia, na verdade, é brasileira", diz Clamadieu, em sua
primeira visita ao Brasil depois
de ter sido nomeado "chairman" (presidente mundial) da
companhia.
Nessa sua passagem pelo
Brasil, o que mais Clamadieu
estranhou foi a polêmica no
Brasil em relação à inflação gerada pela crise dos alimentos.
Para ele, há muito espaço no
país tanto para a produção de
alimentos como para o álcool,
sem que haja competição entre
os dois.
"O Brasil tem oportunidade
de produzir alimentos e etanol
sem produzir inflação", diz
Clamadieu.
INCLUSÃO COM ARTE
Rodrigo Mendes, presidente do Instituto Rodrigo Mendes- que faz inclusão social pela arte-
em parceria com a marca
de material escolar Tilibra, aumentará a linha de
produtos da empresa. Há
12 anos, artistas do instituto ilustram uma linha
de cadernos. Mendes foi
selecionado neste ano para o grupo Jovens Líderes
Globais, programa do
World Economic Forum
que reúne líderes com até
40 anos que se destacam
em trabalhos sociais. Na
lista, também estão André
Esteves (UBS Investment
Bank) e Ricardo Villela
Marino (Itaú).
MICROCRÉDITO
O Banco Real lança o livro
"Real Microcrédito: Transformando a Realidade". A
obra mostra exemplos de
pequenos empreendedores
que tiveram acesso ao crédito e fala da importância da
modalidade. "Não é verdade
que você não pode focar na
baixa renda caso queira ganhar dinheiro. Esses dilemas têm impedido que um
público enorme tenha acesso ao crédito legítimo", afirma Fábio C. Barbosa, presidente do banco, no livro.
NO MÍNIMO
A maior parte das instituições de ensino que oferecem
educação a distância no Brasil diz que os seus alunos
têm renda entre um e três
salários mínimos, de acordo
com o anuário 2008 do Instituto Monitor e da Associação Brasileira de Ensino a
Distância. Do total dos que
responderam o questionário, 57,8% afirmam que os
seus alunos estão nessa faixa
de renda.
ACELERADO
O anuário da instituição
também mostra que o investimento das empresas em
educação a distância passou
de 6,3% do total investido na
área em 2005 para 25,6% em
2007. Apesar do crescimento, o investimento em educação presencial ainda é
maior, com 74,7% no ano
passado. Foram ouvidas empresas como Alcatel, Bradesco, Banco do Brasil, Sabesp e Brasil Telecom.
NA SACOLA
A indústria do plástico e
os supermercados, por meio
da Abras, fizeram acordo para reduzir o consumo de sacolas plásticas. A meta é diminuir em 30% o consumo
no varejo. A indústria começará a fabricar sacolas mais
resistentes, para cumprir a
norma 14.937 da ABNT, e
com isso o segmento espera
evitar a sobreposição de sacolas, que os consumidores
fazem porque os sacos
atuais são muitos frágeis.
FRANCESA
A grife francesa L'Occitane inaugura em junho uma
nova loja, que será localizada no shopping Villa-Lobos.
DEBATE
Começa amanhã, em São
Paulo, o Alternative Investment Summit Brasil 2008,
que discutirá o mercado de
capitais. Participam do
evento Henrique Meirelles
(Banco Central), Maurício
da Rocha Wanderley (Vale),
Antenor Fernandes (Grupo
Safra) e Marcelo Junqueira,
CEO da Clean Energy Brazil.
REPRESENTANTE
Para 83% dos lojistas credenciados pelo Lemon Bank
para oferecer serviços como
pagamento de contas e recarga de celular, esse tipo de
serviço faz com que o fluxo
de clientes aumente. A pesquisa é do Data Popular.
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