São Paulo, segunda-feira, 27 de abril de 2009

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Títulos da dívida rendem mais do que fundos

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao comparar as rentabilidades líquidas oferecidas pelos diferente produtos que pagam juros, os investidores podem ter uma ideia mais clara das vantagens oferecidas pelo Tesouro Direto. E quem deve sentir mais isso são os pequenos investidores, que costumam pagar taxas de administração elevadas nos fundos de investimento, além de conseguirem porcentagens menores na hora de comprar um CDB.
Como todas as aplicações, com exceção da poupança, pagam IR, a maior diferença dos títulos do Tesouro Direto e de fundos que rendem juros é a taxa de administração. O problema é que, com a queda dos juros brasileiros, a taxa tem pesado cada vez mais no retorno final.
A carteira dos fundos de investimento carregam títulos públicos, o que faz com que, na média, suas rentabilidades se aproximem. Mas a taxa de administração, que costuma oscilar entre 1% e 4%, consome boa parte dos ganhos dos fundos.
Um exemplo: ao aplicar R$ 10.000 em uma LTN (título público prefixado) por um ano, o investidor teria no final R$ 10.751,20 -isso já descontado 20% de IR, taxa de 0,40% da corretora, 0,30% da CBLC e 0,10% do primeiro negócio. Em um fundo DI com taxa de administração de 2%, o aplicador teria no final R$ 10.672,00. Na poupança, seria R$ 10.617,00.
No caso do CDB, que não cobra taxa de administração, os bancos costumam oferecer juros abaixo da taxa Selic. E quanto menor o montante a ser aplicado, menor a taxa oferecida. Para um CDB que pagasse 85% do CDI -certificados negociados entre os bancos, que têm por referência a Selic-, os R$ 10.000 iniciais se tornariam R$ 10.707,20 após um ano.
"O Tesouro Direto é mais interessante que muito fundo, tem custos menores. E o produto é destinado ao pequeno investidor. Já os fundos costumam pedir taxas mais elevadas para esses investidores", diz a consultora de investimentos Márcia Dessen, da Bankrisk.
"Sou fã do produto, é um produto bom, mas acho que precisa ser melhorado. Precisa de um esforço comercial para se popularizar", diz o consultor Mauro Halfeld. (FV E TS)


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