São Paulo, domingo, 27 de maio de 2007

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@ - guilherme.barros@uol.com.br

PIB cresce 5% no 1º trimestre, diz economista do Bradesco

O PIB deve apresentar um crescimento de 5% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, o que corresponde a uma expansão entre 1,1% e 1,5% em relação ao período de outubro a dezembro de 2006. O IBGE vai divulgar os números do PIB do primeiro trimestre no dia 16 do próximo mês.
A previsão é do departamento econômico do Bradesco, que acaba de refazer as contas para o PIB neste ano. Para 2007, a projeção é de um crescimento de 4,7%, mas não será surpresa para o departamento econômico do banco se o resultado for ainda maior. Antes, a previsão era de 4,4%.
De acordo com o departamento econômico do Bradesco, o Brasil encontra-se hoje no mais longo ciclo de expansão do PIB da última década e meia. São 20 trimestres consecutivos de crescimento, a um ritmo de 3,24% por trimestre. Tomando como base uma expansão de 4,7% para este ano, o crescimento médio do PIB para o período de 2004 a 2007 sobe para 4,3%, bem mais elevado do que o 1,9% do período de 1999 a 2003.
O economista Octavio de Barros, diretor de pesquisa macroeconômica do Bradesco, diz que os motores do crescimento deste ano serão o consumo das famílias e os investimentos. Pelas suas contas, o consumo das famílias cresce, neste ano, 6,3%, e o investimento (formação bruta de capital fixo), 11,4%.
Os principais combustíveis para esses motores, segundo Octavio de Barros, são o processo de redução dos juros, a melhora das condições de crédito, a expansão do emprego e da renda, a ausência de pressões altistas para o câmbio, o cenário benigno para a inflação e a melhora das percepções internacionais em relação ao Brasil, com a queda do risco-país e a trajetória rumo ao grau de investimento em 2008.
O quadro se completa, na opinião de Octavio de Barros, com a manutenção de um cenário favorável para a economia global, ainda que apresente alguma desaceleração gradual.
Barros destaca que o Brasil passa por uma fase de transição, na qual o grau de abertura comercial tem aumentado significativamente, assim como o coeficiente das importações. "Nós estamos migrando de uma economia rentista para uma economia focada nos negócios", diz.
De acordo com o economista, esse processo, se, por um lado, gera argumentos para manutenção do debate em torno das performances setoriais da indústria, por outro favorece o consumo -por meio da concorrência estrangeira e da redução das pressões inflacionistas- e os investimentos -via barateamento dos preços dos bens de capital importados, o que ainda permite a modernização da economia brasileira.

TRAÇO ITALIANO
O arquiteto italiano Paolo Giachi, especialista em projetos de lojas-conceito de luxo, desembarcou no Brasil na semana passada. Ele veio desenhar os projetos da loja The Address, comandada por Emanuel Bernini e Ricardo Minelli, que está em expansão. Atualmente com uma loja dentro da Daslu, o objetivo, segundo Bernini, é inaugurar mais duas lojas projetadas por Giachi em São Paulo até o ano que vem. "Queremos manter uma unidade da comunicação visual", diz. Giachi foi responsável por projetos como os da Prada, na Ásia, das "flagship stores" da Louis Vuitton e da Fendi, em Florença, e da Tod's. Ele também assina a concepção de todas as lojas existentes da Jimmy Choo.

CHEF EXECUTIVO
Lugar de executivo, agora, é na cozinha. Pelo menos essa é a regra da escola do paulistano Capim Santo, comandado pela chef Morena Leite. No começo do ano, ela montou a primeira turma de aprendizes de culinária formada por executivos, advogados, empresários e publicitários. A idéia, ela conta, foi da amiga Verônica Serra, filha do governador de São Paulo. Além da chef, há outro mestre, o CEO da Thomas International Brasil, Victor Martinez.

NA ESCOLA
O número de bolsas concedidas para graduação pela Fundação Estudar quadruplicou em dois anos. Trata-se de um aumento de 98% sobre 2006. Novos 20 estudantes passam a integrar a comunidade de bolsistas da fundação. Desses, 6 irão cursar a graduação no exterior, em instituições como Stanford, Yale e MIT.

ALUGA-SE
A Avis Rent a Car comprará 6.000 carros zero-quilômetro da GM. O investimentos é de R$ 180 milhões.

TELEFONIA 1
O Brasil faz parte do grupo dos cinco países que ainda têm projetos da terceira geração de banda larga para telefonia móvel. Os outros países são Bolívia, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Para a nova tecnologia deslanchar no Brasil, falta ainda o leilão de licitações de freqüências da tecnologia. A discussão, iniciada por volta de 2000, está em análise na Anatel, que deve preparar o edital. No entanto, ainda não há previsão de quando o leilão pode acontecer.

TELEFONIA 2
Para Marco Aurélio Rodrigues, presidente da QualComm no Brasil, a tecnologia pode ser um ponto fundamental para o processo de inclusão digital no país. "Quando o celular surgiu, todos achavam que era um produto voltado para os ricos. A mesma coisa acontece com a terceira geração de banda larga. Mas o que ela pode fazer é juntar tudo em um único aparelho, internet, telefonia e muito mais", diz.

CABELEIRA
Wanderley Nunes deve ficar mais perto do poder. Há planos de abrir um novo Studio W em Brasília. A idéia seria uma parceria entre o cabeleireiro, que cuida do visual da primeira-dama, Marisa Letícia, e o empresário Alexandre Accioly.


com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA

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