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Mantega admite desaceleração e vê retomada no meio do ano
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu ontem que a economia do país está diminuindo o ritmo. "Agora
estamos sentindo uma pequena desaceleração, que considero ser sazonal", disse ele a uma
platéia de empresários na sede
da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
"Acredito que temos plenas
condições de manter um crescimento ao redor de 5% [em
2008], que já é muito favorável.
A partir do meio do ano, veremos uma reaceleração."
Na avaliação de Mantega, a
economia brasileira continua
em trajetória positiva "apesar
dos problemas no mundo, como a crise financeira americana e o recrudescimento da inflação". Ele atribui a desaceleração a uma natural "tomada
de fôlego" por parte do setor
produtivo, à elevação dos juros
e ao fenômeno mundial de elevação de preços.
No entanto, segundo ele, o
que garante o avanço sustentado do país é a demanda interna
e o aumento do investimento
feiro pelo setor produtivo. "A
inflação pode-se dizer que se
deva a um choque de commodities metálicas, agrícolas e de
energia. Com safras maiores,
haverá uma reversão da alta,
mas não creio que os alimentos
voltem aos níveis de antes."
Focus
Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central elevaram a sua projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.
De acordo com a pesquisa semanal Focus, a previsão subiu
de 4,69% para 4,70%.
Também foram revisadas para cima as expectativas para a
inflação: os analistas esperam
que a taxa Selic termine 2008
em 13,5%, ante previsão anterior de 13,25% ao ano.
Os economistas mantiveram
a previsão de uma alta de 0,5
ponto percentual nos juros na
próxima reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária
do BC). A taxa passaria de
11,75% para 12,25% ao ano.
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