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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Brasil é o mais atraente para lojas de roupas
O Brasil é o país mais atraente para investidores de moda e
vestuário. A conclusão é de
uma pesquisa da consultoria
A.T. Kearney, que comparou 30
emergentes nos quesitos tamanho de mercado, perspectiva de
crescimento e riqueza dos consumidores.
A partir desse levantamento,
é criado um índice, que serve
para auxiliar decisões de investimento internacionais. "Há
grande potencial para o sucesso
de varejistas na área de vestuário no Brasil", diz Hana Ben-Shabat, sócia da A.T. Kearney.
"O país é atraente para o setor,
principalmente, por razões demográficas e de demanda."
Isso porque, apesar de chineses, indianos e russos comprarem e produzirem mais roupas
do que o Brasil e consumidores
de alguns outros países terem
maior poder aquisitivo, os brasileiros gastam mais com moda
e roupas de maior qualidade.
Segundo o estudo, o consumidor brasileiro gasta, em média, US$ 402 ao ano com roupas. O valor é seis vezes superior ao gasto pelos chineses, por
exemplo, apesar de aquele mercado movimentar US$ 84 bilhões, enquanto o Brasil gira
em torno de US$ 37,2 bilhões.
Outro motivo que torna o
país atraente a investidores internacionais da área é que esse
mercado é altamente fragmentado. As lojas pequenas e locais
respondem por mais de 60% do
mercado nacional.
Além disso, indica a pesquisa,
o consumidor brasileiro compra roupas a crédito em uma
freqüência muito maior do que
o de outros países emergentes.
Somadas as vantagens, o crescimento anual médio do mercado nacional tem sido superior a
7% nos últimos anos.
Apesar de o mercado chinês
ser mais pulverizado do que o
brasileiro -só 17% das vendas
são feitas por meio do varejo
organizado-, o gasto anual por
habitante varia de US$ 45 a
US$ 90. No entanto, os novos-ricos chineses compram cada
vez mais grifes e fazem com que
a área só seja menor do que a de
alimentos.
Apesar de atraente para o varejo, a área perde pontos no que
diz respeito à exportação. Com
o fortalecimento da moeda,
empresas da área no Brasil têm
cada vez mais dificuldades de
atingir mercados externos.
LANÇAMENTO
Emílio Odebrecht, presidente do conselho da Organização Odebrecht, lança o
seu primeiro livro: "Confiar
e Servir: Idéias sobre o Desenvolvimento do Brasil e de
suas Empresas " (Versal, 128
págs., R$ 34). O executivo fala sobre parcerias público-privadas, a posição do Brasil
no contexto da globalização
e sobre a relação entre empresas, pessoas e países.
Emílio Odebrecht também
discute o acesso à educação.
"BÁSICO"
Coleção primavera-verão da Prada apresentada em Milão, que é mais sóbria que as anteriores; o "New York Times" diz que há mistura de elementos de roupas esportivas e de trajes formais para vestir o homem de uma maneira sensual e sem monotonia
NO PAPEL
A Livraria da Vila programou, para os dias seguintes à
Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), encontros com alguns dos autores
que participarão do evento
em suas lojas, em São Paulo.
Entre eles, Pierre Bayard,
José Eduardo Agualusa,
Martín Kohan, Nathan Englander e Pepetela, o mais
jovem escritor a receber o
prêmio Camões, condecoração máxima da literatura de
língua portuguesa.
DIZEM POR AÍ
A Vale pode voltar a fazer
uma oferta pela mineradora
Xtrata. Pelo menos é o que
acredita o banco Lehman
Brothers. "Não ficaríamos
surpresos se a Vale emitisse
ações agora para acumular
recursos e tentar adquirir a
Xstrata quando os mercados
de crédito melhorarem", escreveu o analista Christopher LaFemina, em nota encaminhada a investidores.
"Prevemos que o mercado
veria de modo positivo essa
nova empresa (pós-fusão)."
NO CLIMA
O conselho da Vale aprovou ontem o estabelecimento de uma política para mudanças climáticas causadas
pela emissão de gases do
efeito estufa. A empresa
emite, por ano, o equivalente a 15 milhões de toneladas
de CO2. "É um volume significativo de gás carbônico",
afirma Flávio Montenegro,
gerente-geral de mudanças
climáticas. As ações sobre o
tema serão definidas pela
diretoria-executiva.
CASA NOVA
A cervejaria Petrópolis,
que fabrica as marcas Itaipava e Crystal, entre outras,
inaugura no dia 4 de julho
sua nova fábrica, em Rondonópolis. Voltada para abastecer os mercados do Norte
e do Centro-Oeste, a unidade recebeu R$ 120 milhões
em investimentos e gerará
200 novas vagas. Também
aumentará em 200 milhões
de litros ao ano a capacidade
da cervejaria.
PROFUNDEZAS
Dowsley Almeida, responsável pela ZEN (Zona Especial de Negócios) de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, onde acaba de ser inaugurada a primeira fábrica de "risers" -tubos de perfuração- do país; a unidade, que teve investimento de R$ 22 milhões, produzirá equipamentos para exploração de petróleo em águas profundas; segundo a empresa, Rio das Ostras foi escolhida para instalar a fábrica pela oferta de mão-de-obra qualificada; para Almeida, a proximidade da bacia de Campos influenciou na localização
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