São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2008

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Economistas criticam nova metodologia

DA SUCURSAL DO RIO

Economistas ouvidos pela Folha criticaram a mudança na metodologia de divulgação de dados do Ipea. O ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola, atualmente sócio da consultoria Tendências, lamenta a decisão.
"A sociedade perde uma referência, principalmente a projeção PIB, que era uma ferramenta útil para economistas, centros de pesquisa, consultores e empresas."
Para os pesquisadores que saíram do Ipea no fim do ano passado, a decisão funciona como uma forma de "esvaziar" o instituto. Para Fabio Giambiagi, a mudança representa a "morte do boletim". "Ele era uma referência. O boletim tem uma história, são 22 anos em que se adotou essa prática. Funcionava como uma referência, para o bem ou para o mal. O Ipea está sendo esvaziado."
Regis Bonelli afirmou que a decisão era "lastimável". "A diretoria tem o direito de adotar uma linha de pesquisa e uma nova posição na divulgação e elaboração dos trabalhos. Apesar disso, é uma quebra em relação ao que o Ipea vinha fazendo desde o fim da década de 1980."
Já o ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas, atualmente economista da Confederação Nacional do Comércio, diz que a decisão pode se mostrar correta: "O BC já produz as projeções conjunturais, de inflação, juros, atividade. A medida evita uma certa confusão de expectativas provocada por pesquisas divergentes. (JL e RM)


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