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Economistas criticam nova metodologia
DA SUCURSAL DO RIO
Economistas ouvidos pela
Folha criticaram a mudança
na metodologia de divulgação de dados do Ipea. O ex-presidente do Banco Central
Gustavo Loyola, atualmente
sócio da consultoria Tendências, lamenta a decisão.
"A sociedade perde uma
referência, principalmente a
projeção PIB, que era uma
ferramenta útil para economistas, centros de pesquisa,
consultores e empresas."
Para os pesquisadores que
saíram do Ipea no fim do ano
passado, a decisão funciona
como uma forma de "esvaziar" o instituto. Para Fabio
Giambiagi, a mudança representa a "morte do boletim".
"Ele era uma referência. O
boletim tem uma história,
são 22 anos em que se adotou
essa prática. Funcionava como uma referência, para o
bem ou para o mal. O Ipea está sendo esvaziado."
Regis Bonelli afirmou que
a decisão era "lastimável". "A
diretoria tem o direito de
adotar uma linha de pesquisa
e uma nova posição na divulgação e elaboração dos trabalhos. Apesar disso, é uma
quebra em relação ao que o
Ipea vinha fazendo desde o
fim da década de 1980."
Já o ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas, atualmente economista da Confederação Nacional do Comércio, diz que a decisão pode se
mostrar correta: "O BC já
produz as projeções conjunturais, de inflação, juros, atividade. A medida evita uma
certa confusão de expectativas provocada por pesquisas
divergentes.
(JL e RM)
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