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CSN investe US$ 6 bi no Nordeste
Siderúrgica em PE terá capacidade para 3,5 milhões de toneladas de aço
Número equivale a 10% da atual produção nacional por ano, afirma Enéas Diniz, diretor-executivo da CSN; projeto se divide em 3 fases
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) vai investir US$
6 bilhões na construção de uma
siderúrgica no porto de Suape
(60 km ao sul de Recife, PE).
O anúncio foi feito ontem,
em Recife, pelo governador do
Estado, Eduardo Campos
(PSB), e pelo diretor-executivo
da companhia, Enéas Diniz.
A siderúrgica terá capacidade para 3,5 milhões de toneladas de aço por ano -10% da
atual produção nacional, afirmou o diretor da CSN.
A obra, em três fases, deve
começar no primeiro semestre
de 2009. Na primeira etapa, de
quatro anos, será investido US$
1,3 bilhão, para produção anual
de 500 mil toneladas.
Nos dois anos seguintes, o
projeto prevê duas expansões,
ao custo total de US$ 4,7 bilhões. Segundo o secretário estadual do Desenvolvimento
Econômico, Fernando Bezerra
Coelho, o investimento equivale aos da refinaria (US$ 4 bilhões), do estaleiro (US$ 800
milhões) e das duas petroquímicas de Suape (US$ 1 bilhão).
"É uma grande obra, importante por ser estruturadora",
afirmou o governador.
A nova indústria vai ocupar
337 ha do complexo de Suape,
nas ilhas de Cocaia e Tatuoca.
Segundo o governo, serão gerados cerca de 800 empregos diretos e 2.400 indiretos.
De acordo com Enéas Diniz,
diretor da CSN, o Estado de
Pernambuco foi escolhido por
apresentar "vantagens estratégicas" de localização, infra-estrutura e mercado -Suape está
situado a, no máximo, 600 quilômetros de oito capitais.
O governo de Pernambuco se
comprometeu, como contrapartida, a ceder e preparar o
terreno e a infra-estrutura para
a implantação da obra.
"Produziremos, aqui no Estado, aços especiais de alto valor agregado", afirmou o diretor. A CSN tem uma siderúrgica em operação, em Volta Redonda (RJ). Outra será construída
em Congonhas (MG).
A solenidade do anúncio do
empreendimento contou com
a presença do senador e presidente nacional do PSDB, Sérgio
Guerra (PE), adversário político de Eduardo Campos.
Segundo o governador, Guerra participou diretamente das
negociações com a CSN, que
duraram quase um ano e meio.
"Ninguém pode ter partido em
uma negociação desse porte",
disse o senador.
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