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"Consenso de Guaiaquil" faz crítica as barreiras comerciais dos ricos
DA REDAÇÃO
Os dez presidentes sul-americanos reunidos em Guaiaquil defendem uma maior integração como a melhor arma contra a onda de crises que varre o continente. No
documento final do encontro de cúpula, já denominado de "Consenso de Guaiaquil", os presidentes também criticaram a resistência dos países ricos em derrubar
suas barreiras comerciais.
O texto da declaração foi aprovado ontem pelos chanceleres dos dez países, mas ainda passaria por algumas revisões antes de ser assinados pelos líderes sul-americanos, o que deve ocorrer hoje.
Os governantes defenderão uma maior integração, sobretudo física, dos países da região. Serão apresentados projetos conjuntos nos setores de transportes, energia e telecomunicações.
Grandes obras
Durante seu discurso de abertura, o presidente equatoriano, Gustavo Noboa, adiantou que o documento apresentará obras viárias,
ferroviárias e pluviais que terão
como objetivo criar um eixo
"multimodal amazônico", ligando Brasil, Colômbia, Peru e Equador. Com isso, o Brasil teria, finalmente, acesso ao Pacífico.
O projeto também prevê a ligação viária entre a Venezuela e a
Argentina. O dinheiro sairia de
organização multilaterais como o
BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento).
O presidente equatoriano também criticou o protecionismo das
nações industrializadas.
O presidente do Peru, Alejandro
Toledo, chegou a defender a criação de um fundo de solidariedade
financeira para a defesa da democracia e da governabilidade nos
países da região. Toledo também
censurou a atitude dos ricos.
"Eles [os países ricos] nos pedem que abramos nossos mercados, mas subsidiam a agricultura deles", afirmou Toledo.
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