DA REDAÇÃO

Investidores internacionais se livraram de grandes quantidades de ativos de que dispunham no Japão ontem, o que fez o dólar se valorizar diante do iene e do euro. A Bolsa de Tóquio caiu 3,4%.
De acordo com analistas, o movimento de venda no mercado japonês ocorreu porque fundos de investimentos precisam levantar dinheiro para cobrir as perdas que tiveram com as Bolsas norte-americanas. O dólar subiu ao maior preço na comparação com o iene nas últimas duas semanas.
Já o euro perdeu 1,35% ontem em comparação com o dólar, caindo de US$ 1,0006 para US$ 0,9871. "Parece mais um correção do que uma nova tendência de alta", disse Robert Zukowski, analista da consultoria 4Cast.
As Bolsas norte-americanas saíram do buraco ontem, ao menos em parte. O Dow Jones, que lista as 30 principais empresas dos EUA, subiu 0,95% ontem. No acumulado da semana, o índice subiu 3%, o maior ganho desde meados de maio.
A Nasdaq, Bolsa que concentra empresas tecnológicas, ganhou 1,78%, mas não foi o bastante para apagar as quedas dos pregões anteriores. Na semana, o índice recuou 4,3%, por causa, sobretudo, à queda nas ações de empresas de telecomunicações.
O índice mais amplo Standard & Poor's 500 (que lista 500 empresas norte-americanas) encerrou a semana praticamente estável, com alta de 0,6%. Ontem a valorização ficou em 1,69%.
A confiança do consumidor norte-americano caiu, no mês passado, menos do que o estimando pelos analistas. Isso ajudou a dar fôlego para os investidores que saíram à caça de pechinchas (ações muito baratas).

Europa respira
As ações européias fecharam ontem em alta, reduzindo para 3% a perdas acumuladas na semana. O índice FTSE Eurotop 300, com as 300 principais empresas do continente, subiu 1,13% ontem. Desde o começo do ano, o índice já recuou 28,5%. No meio da semana, chegou a cair aos piores níveis em cinco anos.
Entre as principais Bolsas européias, a maior alta ontem ocorreu em Frankfurt, que subiu 1,66%. Londres fechou com valorização de 1,28%, e Paris ganhou 0,73%.
A Ericsson, companhia sueca de equipamentos de telecomunicações, foi rebaixada para a categoria "junk" (de alto risco) pela agência Moody's. As ações da companhia chegaram a perder 20% e atingiram o preço mais baixo em nove anos, antes de encerrar o dia em queda de 13,5%.
O tombo da sueca ajudou a empurrar para baixo o índice europeu de empresas tecnológicas. Outra grande companhia do setor que perdeu bastante foi a francesa Alcatel, com recuou de 9,4%.