São Paulo, sexta-feira, 27 de julho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Resultado causa divergências no governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O resultado do leilão de ontem gerou divergências dentro do próprio governo. Para a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), não há nada a comemorar, porque a demanda foi atendida por usinas que usam óleo para gerar energia e, por isso, poluem mais. Para a EPE (Empresa de Pesquisa Energética, estatal que planeja o setor), o leilão foi um sucesso porque garantiu a segurança do abastecimento em 2010.
"Nada a comemorar nesse leilão. Foi vendida uma grande quantidade de energia elétrica a ser produzida por usinas que queimam óleo combustível", disse, por e-mail, Jerson Kelman, diretor-geral da Aneel. "Triste vitória para uma legião de ambientalistas bem-intencionados que têm sistematicamente impedido a construção de usinas hidrelétricas."
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, considerou as críticas de Kelman injustas e replicou. "Acho que temos razão para comemorar. O foco sempre foi dar segurança ao abastecimento. A gente tem que ser justo." Ainda segundo Tolmasquim, a crítica de Kelman não procede, porque a energia de hidrelétricas não poderia suprir o que foi contratado ontem. Ele explicou que o leilão foi de "ajuste" da demanda das distribuidoras. Essa oferta, segundo ele, teria necessariamente que ser suprida por termelétricas ou fontes alternativas. (HM)


Texto Anterior: Só energia térmica a óleo é vendida em leilão
Próximo Texto: Trabalho: SP leva taxa de desemprego no país a menos de 10%
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.