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Semana traz ata do Copom e PIB dos EUA em destaque
Nível de desemprego na Europa será conhecido na sexta-feira
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana será intensa no que
se refere à divulgação de dados
econômicos tanto no Brasil
quanto no exterior. Isso deve
trazer forte incerteza e provocar oscilações no mercado financeiro nos próximos dias.
No Brasil as atenções estarão
concentradas na ata da reunião
do Copom (Comitê de Política
Monetária do BC), que trará explicações sobre os motivos de a
taxa básica Selic ter sido reduzida de 9,25% para 8,75% na última quarta. O documento vai
ser apresentado nesta quinta.
Há analistas que afirmam
que essa pode ter sido a última
redução da Selic em 2009. Dessa forma, cresce o interesse nos
sinais que a ata possa trazer sobre o futuro dos juros.
"O comunicado divulgado
após a última decisão do Copom sinaliza que a intenção do
Banco Central, tendo em vista
o cenário atual, é manter a taxa
Selic inalterada em 8,75% por
algum tempo. Novas reduções
nos próximos meses, portanto,
dependeriam da divulgação de
indicadores de atividade piores
do que o esperado", avalia Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
Antes de a ata ser conhecida,
uma série de indicadores vão
ser apresentados.
Amanhã vão ser divulgados
nos EUA dados como os de preços de imóveis, confiança do
consumidor e desempenho do
setor manufatureiro.
No Brasil, a agenda de amanhã reserva um indicador bastante relevante, que é o do nível
de empréstimos no setor bancário em junho. Como os balanços trimestrais das grandes instituições financeiras ainda não
começaram a ser divulgados,
dados sobre o desempenho do
setor bancário são aguardados
pelo mercado.
A quarta-feira terá a apresentação do nível de crédito ao
consumidor na Inglaterra. Na
Alemanha, saem dados de inflação. E nos EUA saem números de pedidos de bens duráveis
e o livro bege, que é uma compilação de dados econômicos feita pelo Fed (o banco central
norte-americano).
A quinta-feira tende a ser o
dia mais agitado da semana.
Além da ata, vai sair o resultado
do IGP-M de julho, para o qual
o mercado projeta que houve
uma deflação de 0,28%.
"A ata do Copom irá deixar
mais clara a visão da diretoria
do BC sobre a condução da política monetária no país", afirma, em análise, o departamento econômico da Gradual Investimentos. "Já na sexta-feira,
o grande índice da semana será
divulgado: a prévia do PIB dos
EUA do 2º trimestre."
PIB
A semana fecha com os números do PIB americano. Qualquer resultado melhor que as
projeções do mercado, de retração de 1,5%, irá animar as
Bolsas de Valores.
No primeiro trimestre, o PIB
dos EUA encolheu 5,5%. O resultado final foi melhor do que
as estimativas, que apontavam
uma queda de 5,7% na maior
economia do mundo.
Na Europa, a sexta-feira trará dados de inflação de julho e o
nível de desemprego na zona
do euro. O mercado projeta que
a taxa de desemprego na região
tenha subido de 9,5% para 9,7%
no mês passado.
"A agenda vem um pouco
mais carregada, além da continuidade de divulgação de resultados, principalmente no Brasil", diz Ricardo Martins, analista da corretora Planner. "O
importante é que o investidor
estrangeiro mantenha-se posicionado de forma a beneficiar
os negócios na Bolsa. Assim como na semana [passada], o período guarda volatilidade, mas
com percepção de alta", afirma.
A Bovespa encerrou a semana passada com valorização de
4,58%, enquanto a Bolsa dos
EUA subiu 4%.
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