São Paulo, segunda-feira, 27 de julho de 2009

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Semana traz ata do Copom e PIB dos EUA em destaque

Nível de desemprego na Europa será conhecido na sexta-feira

DA REPORTAGEM LOCAL

A semana será intensa no que se refere à divulgação de dados econômicos tanto no Brasil quanto no exterior. Isso deve trazer forte incerteza e provocar oscilações no mercado financeiro nos próximos dias.
No Brasil as atenções estarão concentradas na ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC), que trará explicações sobre os motivos de a taxa básica Selic ter sido reduzida de 9,25% para 8,75% na última quarta. O documento vai ser apresentado nesta quinta.
Há analistas que afirmam que essa pode ter sido a última redução da Selic em 2009. Dessa forma, cresce o interesse nos sinais que a ata possa trazer sobre o futuro dos juros.
"O comunicado divulgado após a última decisão do Copom sinaliza que a intenção do Banco Central, tendo em vista o cenário atual, é manter a taxa Selic inalterada em 8,75% por algum tempo. Novas reduções nos próximos meses, portanto, dependeriam da divulgação de indicadores de atividade piores do que o esperado", avalia Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
Antes de a ata ser conhecida, uma série de indicadores vão ser apresentados.
Amanhã vão ser divulgados nos EUA dados como os de preços de imóveis, confiança do consumidor e desempenho do setor manufatureiro.
No Brasil, a agenda de amanhã reserva um indicador bastante relevante, que é o do nível de empréstimos no setor bancário em junho. Como os balanços trimestrais das grandes instituições financeiras ainda não começaram a ser divulgados, dados sobre o desempenho do setor bancário são aguardados pelo mercado.
A quarta-feira terá a apresentação do nível de crédito ao consumidor na Inglaterra. Na Alemanha, saem dados de inflação. E nos EUA saem números de pedidos de bens duráveis e o livro bege, que é uma compilação de dados econômicos feita pelo Fed (o banco central norte-americano).
A quinta-feira tende a ser o dia mais agitado da semana. Além da ata, vai sair o resultado do IGP-M de julho, para o qual o mercado projeta que houve uma deflação de 0,28%.
"A ata do Copom irá deixar mais clara a visão da diretoria do BC sobre a condução da política monetária no país", afirma, em análise, o departamento econômico da Gradual Investimentos. "Já na sexta-feira, o grande índice da semana será divulgado: a prévia do PIB dos EUA do 2º trimestre."

PIB
A semana fecha com os números do PIB americano. Qualquer resultado melhor que as projeções do mercado, de retração de 1,5%, irá animar as Bolsas de Valores.
No primeiro trimestre, o PIB dos EUA encolheu 5,5%. O resultado final foi melhor do que as estimativas, que apontavam uma queda de 5,7% na maior economia do mundo.
Na Europa, a sexta-feira trará dados de inflação de julho e o nível de desemprego na zona do euro. O mercado projeta que a taxa de desemprego na região tenha subido de 9,5% para 9,7% no mês passado.
"A agenda vem um pouco mais carregada, além da continuidade de divulgação de resultados, principalmente no Brasil", diz Ricardo Martins, analista da corretora Planner. "O importante é que o investidor estrangeiro mantenha-se posicionado de forma a beneficiar os negócios na Bolsa. Assim como na semana [passada], o período guarda volatilidade, mas com percepção de alta", afirma.
A Bovespa encerrou a semana passada com valorização de 4,58%, enquanto a Bolsa dos EUA subiu 4%.


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