São Paulo, Terça-feira, 27 de Julho de 1999
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Importação cai 30% no semestre

da Sucursal de Brasília

A importação de produtos argentinos por parte do Brasil caiu 30% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. As maiores quedas foram para automóveis (53,1%), veículos de carga (68%) e autopeças (21,3%). Considerando todas as importações feitas pelo Brasil, a queda foi menor, de 17,08%.
Os dados foram divulgados ontem pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mário Marconini.
Ele disse que, de janeiro a junho deste ano, o saldo comercial entre Brasil e Argentina foi um superávit de US$ 300 milhões favorável aos brasileiros.
"O Brasil teve déficit por cinco anos", afirmou, ao declarar que as medidas protecionistas adotadas pelos argentinos "são inaceitáveis" e "ferem os pilares do Mercosul". Segundo ele, "isso nos preocupa porque (as medidas) não se justificam".
Essas medidas, disse ele, estão relacionadas com o fim do regime de adequação entre a Argentina e o Brasil, que acabou em janeiro. Por esse regime, cada país fixou alíquotas para importação de alguns produtos.
Com o fim do regime de adequação, as tarifas de importação foram zeradas. É o caso, por exemplo, dos produtos de linha branca (fogão e geladeira), calçados, petroquímicos e químicos e têxteis.
Em todos esses casos, disse ele, não houve uma invasão de produtos brasileiros na Argentina. "Os dados mostram que não houve uma invasão. Não há motivos para esse tipo de medida (protecionista)", afirmou.
Marconini disse que os dados preliminares indicam superávit da balança comercial do Brasil em julho.




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