São Paulo, Terça-feira, 27 de Julho de 1999
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BANCOS
Máxi favorece o resultado global
BB lucra R$ 574 mi de janeiro a junho

da Sucursal de Brasília

A desvalorização cambial salvou o balanço do Banco do Brasil no primeiro semestre, transformando um resultado negativo de R$ 926,2 milhões na principal atividade do banco, a intermediação financeira, em um lucro global de R$ 574,2 milhões no período.
A intermediação financeira teve resultado negativo devido a uma provisão (dinheiro que fica separado para cobrir possíveis perdas) de R$ 1,688 bilhão para créditos de grandes agricultores.
A desvalorização do real, ocorrida em janeiro, compensou essas perdas porque provocou a valorização de créditos e investimentos que o BB tem em coligadas e subsidiárias presentes no exterior.
A receita de participações e coligadas somou R$ 2,923 bilhões no primeiro semestre, contra R$ 256 milhões no mesmo período de 98.
Gil Aurélio Garcia, contador do BB, negou que a desvalorização tenha livrado o BB de um prejuízo. Segundo ele, o banco só fez a provisão de R$ 1,688 bilhão, que gerou o resultado negativo na intermediação financeira, porque havia obtido receitas extras com a desvalorização do real.
Ele argumentou que, se não tivesse havido a desvalorização, o BB não estaria obrigado a fazer a provisão para cobrir perdas com a agricultura -e a intermediação financeira teria um resultado positivo perto de R$ 1 bilhão. "Foi uma postura conservadora."
A rentabilidade do BB no semestre equivale a 16,97% do patrimônio líquido (dinheiro investido no banco pelo Tesouro Nacional e demais acionistas). O patrimônio líquido fechou em R$ 7,044 bilhões em 30 de junho.


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