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América Latina deve ser mais afetada
DE LONDRES
Os preços do petróleo em níveis
mais altos do que os projetados
nos primeiros meses do ano têm
levado analistas a cogitar um nível
de crescimento global menor. Segundo economistas, é improvável, no entanto, que a pressão sobre os preços da commodity provoque uma interrupção do processo de retomada. Nesse processo, países da América Latina devem ser mais afetados do que as
nações desenvolvidas.
Segundo Olga Pomerantz, autora de um estudo sobre os impactos da alta do petróleo sobre o
crescimento global, citado no último relatório da Opep (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo), os países da América
Latina tendem a sofrer mais porque, embora sejam bastante industrializados, ainda utilizam a
energia com ineficiência.
Em seu relatório mensal, publicado na semana passada, a Opep
mencionou dados do estudo feito
por Olga e pelo economista Ray
Barrell, ambos do National Institute for Economic and Social Research (NIESR), em Londres.
De acordo com os dados, o PIB
dos Estados Unidos teria uma pequena influência negativa neste
ano que poderia ser ampliada no
próximo caso a alta de 20% nos
preços do petróleo se sustentasse
por dois anos. Já para a zona do
euro, prevê o estudo, as perdas,
pequenas neste ano, tenderiam a
ficar menores em 2005.
No pior cenário, os pesquisadores consideram que as autoridades monetárias dos países reajam
e subam juros para evitar riscos
inflacionários.
Segundo Olga Pomerantz, as
projeções do estudo revelam que
as conseqüências negativas da
atual pressão nos preços não serão grandes, caso as autoridades
monetárias combatam seus efeitos. "Hoje, a forte alta tem um impacto negativo muito menor sobre as economias dos países do
0que na década de 70", afirmou ela.
(EF)
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