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Governo celebra queda
do barril e nega reajuste
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo descartou reajuste
dos combustíveis agora e se mostrou otimista com a redução de
preços do barril de petróleo no
mercado internacional, observada nos últimos dias. "O mundo
inteiro está na expectativa da tendência de queda, esse preço é artificial, não é um preço real", disse a
secretária de Petróleo e Gás do
Ministério de Minas e Energia,
Maria das Graças Foster.
Segundo ela, se o preço do barril
no mercado internacional cair
muito, não é necessário reajuste.
"Se ele [o preço] cai aos valores
iniciais [do último reajuste], matematicamente não seria previsível haver reajuste", afirmou.
Foster disse que, se a Petrobras
já tivesse feito um reajuste, isso teria sido um erro. "Veja que os preços caíram dois pontos, três pontos, então qualquer reajuste que
tivesse sido feito dias atrás seria
impróprio", afirmou a secretária.
No último reajuste de combustíveis da Petrobras, em junho, o
barril de petróleo tipo Brent (negociado na Bolsa de Londres e
usado pela Petrobras como parâmetro) estava cotado a US$ 34,97.
Na ocasião, a estatal reajustou a
gasolina em 10,8% e o óleo diesel
em 10,6%.
Ontem, esse tipo de petróleo fechou cotado a US$ 40,33, com redução de 0,86% em relação à cotação de quarta-feira. Foi o quinto
dia consecutivo de redução no
preço no mercado internacional.
"A Petrobras está fazendo uma
avaliação a respeito do que ela
considera que sejam as tendências do preço do petróleo", disse a
ministra Dilma Rousseff (Minas e
Energia). "Nós aguardamos a posição da Petrobras, que eu entendo que ela vai tomar quando
achar que, de fato, está clara a direção do mercado internacional."
Em tese, segundo a política do
governo para o setor, a Petrobras
deveria manter o preço dos combustíveis vendidos no Brasil equiparados aos do mercado internacional. Essa política tem por objetivo tentar reduzir o poder de
mercado da Petrobras, permitindo que haja importação de combustíveis por outras empresas.
A estatal define o preço nas refinarias. Os combustíveis são comprados pelas distribuidoras e repassados aos postos, que vendem
para o consumidor. Em todas essas etapas, o preço é liberado.
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