São Paulo, sexta-feira, 27 de agosto de 2004

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Grupo de Skaf tenta anular a derrota no Ciesp

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Chapa 1, de Paulo Skaf, presidente eleito da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), pediu ontem à comissão eleitoral um pente-fino nos votos do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), cujo virtual presidente eleito é Claudio Vaz, da Chapa 2. A comissão deve divulgar o resultado oficial entre segunda e terça-feira.
A demora se deve à verificação de documentos relativos ao pleito que foram mandados ontem pelas diferentes zonas eleitorais do Ciesp -4.084 empresas votaram neste ano. Mas a Chapa 1 pediu mais: quer uma checagem de credencial por credencial.
Segundo o advogado da chapa de Skaf, Oziel Estevão, a comissão normalmente verifica apenas a ata de cada mesa eleitoral, não cada credencial.
"O objetivo da verificação é saber se o votante é representante legal da empresa e se o eleitor credenciado é empregado da empresa", disse.
De acordo com o advogado, as regras instituídas pela comissão para essas eleições do Ciesp são frágeis, já que o votante apresenta apenas sua carteira de identidade.
Segundo a Folha apurou, se a comissão eleitoral não aceitar esse pedido, a chapa de Skaf pretende contestar o resultado da eleição do Ciesp. Foi a primeira vez que Ciesp e Fiesp racharam.
"Se houver alguma evidência de algo errado, apóio e associo, mas, se o objetivo é deixar o processo mais lento, vou achar que é pequenez", comentou Vaz ontem.
De acordo com os dados consolidados informados ontem pela comissão, das 4.084 empresas que votaram, 2.235 escolheram Vaz e 1.816 optaram por Skaf.
A quantidade de empresas votantes nessa eleição para o Ciesp, a maior da história da entidade, é um dos motivos alegados pela Chapa 1 para suspeitas. Um exemplo recorrente é Campinas, onde houve 196 votos. Historicamente, votam 86 empresas na cidade, alega a oposição.


Colaborou Guilherme Barros, do Painel S.A

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