São Paulo, quinta-feira, 27 de setembro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Opep não deve alterar produção, apesar da queda no preço do barril

DA REDAÇÃO

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu hoje não alterar a produção de petróleo por causa da queda na demanda mundial pelo produto. Os ministros dos dez países-membros decidiram que não é o momento de tentar alguma medida para manter a "banda" de preços criada pelo cartel.
A Opep mantém há dois anos uma política de preços altos, que segurava o valor do barril de petróleo na faixa entre US$ 22 e US$ 28. Com os ataques terroristas de duas semanas atrás nos EUA e o agravamento da crise econômica mundial, o cartel não conseguiu evitar que o preço do barril despencasse para abaixo do mínimo que havia estipulado.
Antes do encontro de ontem, o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, afirmou que a Opep não iria tomar medidas precipitadas. "Não tomaremos medidas drásticas. Precisamos nos manter quietos e ver o que acontece por um tempo", disse ele. Depois de uma curta reunião, os ministros dos dez países-membros decidiram não alterar o nível de produção, que hoje é de 23,2 milhões de barris por dia.
"Não há razão para pânico", disse Bijan Zanganeh, ministro do petróleo do Irã. "Acredito que a situação atual não é por causa dos fundamentos do mercado", disse.
Os ataques terroristas deixaram a Opep em uma situação delicada. Apesar de o preço do barril estar fora da "banda" de variação do cartel, é impossível cortar a produção para elevar a cotação, pois isso seria muito mal recebido pela comunidade internacional.
A esperança do cartel é que em sua próxima reunião, marcada para novembro, seja possível voltar a adotar medidas para controlar o preço do petróleo.


Texto Anterior: Greenspan rejeita novo corte de impostos
Próximo Texto: Secretário de Tesouro dos EUA diz que retomada vai atrasar 3 meses
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.