|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Opep não deve alterar produção, apesar da queda no preço do barril
DA REDAÇÃO
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep)
decidiu hoje não alterar a produção de petróleo por causa da queda na demanda mundial pelo produto. Os ministros dos dez países-membros decidiram que não é o
momento de tentar alguma medida para manter a "banda" de preços criada pelo cartel.
A Opep mantém há dois anos
uma política de preços altos, que
segurava o valor do barril de petróleo na faixa entre US$ 22 e US$
28. Com os ataques terroristas de
duas semanas atrás nos EUA e o
agravamento da crise econômica
mundial, o cartel não conseguiu
evitar que o preço do barril despencasse para abaixo do mínimo
que havia estipulado.
Antes do encontro de ontem, o
ministro do petróleo da Arábia
Saudita, Ali al-Naimi, afirmou
que a Opep não iria tomar medidas precipitadas. "Não tomaremos medidas drásticas. Precisamos nos manter quietos e ver o
que acontece por um tempo", disse ele. Depois de uma curta reunião, os ministros dos dez países-membros decidiram não alterar o
nível de produção, que hoje é de
23,2 milhões de barris por dia.
"Não há razão para pânico",
disse Bijan Zanganeh, ministro do
petróleo do Irã. "Acredito que a
situação atual não é por causa dos
fundamentos do mercado", disse.
Os ataques terroristas deixaram
a Opep em uma situação delicada.
Apesar de o preço do barril estar
fora da "banda" de variação do
cartel, é impossível cortar a produção para elevar a cotação, pois
isso seria muito mal recebido pela
comunidade internacional.
A esperança do cartel é que em
sua próxima reunião, marcada
para novembro, seja possível voltar a adotar medidas para controlar o preço do petróleo.
Texto Anterior: Greenspan rejeita novo corte de impostos Próximo Texto: Secretário de Tesouro dos EUA diz que retomada vai atrasar 3 meses Índice
|