São Paulo, quinta-feira, 27 de setembro de 2001

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Abertura não garante expansão

DA REDAÇÃO

A liberalização econômica não deve ser apresentada como um caminho mais curto para o desenvolvimento das economias de países emergentes, de acordo com estudo realizado pelo FMI divulgado ontem.
Ao analisar os impactos da abertura em 38 países emergentes entre 1980 e 1999, o FMI concluiu que os benefícios que a medida trouxe aos países foram "medianos".
Segundo o FMI, ao dividir os países em economias de mercado aberto ou fechado, aparentemente, os países abertos para os capitais internacionais apresentaram expansão maior nas duas últimas décadas. Mas a análise ignoraria fatores que compõem o crescimento de um país e assume que a liberalização do mercado afeta, imediatamente, a expansão.
O estudo conduzido pelo Fundo procurou avaliar como a abertura dos mercados afeta os investimentos feitos no país e seu desempenho fiscal e financeiro. O trabalho concluiu que a maior integração entre os capitais mundiais pode ser associada a um significativo crescimento econômico nos países em desenvolvimento.
Mas esses efeitos têm pouco peso, estatisticamente. Quando um país libera seus mercados, seu crescimento per capta tem, em média, uma expansão de 0,25% ao ano. Os estímulos para o crescimento também podem ser atribuídos tanto aos investimentos estrangeiros diretos quanto aos investimentos em portfólio, como a compra de ações.



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