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Abertura não
garante expansão
DA REDAÇÃO
A liberalização econômica
não deve ser apresentada como um caminho mais curto
para o desenvolvimento das
economias de países emergentes, de acordo com estudo realizado pelo FMI divulgado ontem.
Ao analisar os impactos da
abertura em 38 países emergentes entre 1980 e 1999, o
FMI concluiu que os benefícios que a medida trouxe aos
países foram "medianos".
Segundo o FMI, ao dividir
os países em economias de
mercado aberto ou fechado,
aparentemente, os países
abertos para os capitais internacionais apresentaram
expansão maior nas duas últimas décadas. Mas a análise
ignoraria fatores que compõem o crescimento de um
país e assume que a liberalização do mercado afeta,
imediatamente, a expansão.
O estudo conduzido pelo
Fundo procurou avaliar como a abertura dos mercados
afeta os investimentos feitos
no país e seu desempenho
fiscal e financeiro. O trabalho concluiu que a maior integração entre os capitais
mundiais pode ser associada
a um significativo crescimento econômico nos países em desenvolvimento.
Mas esses efeitos têm pouco peso, estatisticamente.
Quando um país libera seus
mercados, seu crescimento
per capta tem, em média,
uma expansão de 0,25% ao
ano. Os estímulos para o
crescimento também podem ser atribuídos tanto aos
investimentos estrangeiros
diretos quanto aos investimentos em portfólio, como
a compra de ações.
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