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Wachovia negocia fusão com o Citigroup
Americano Wells Fargo e espanhol Santander também aparecem como interessados na aquisição no banco de varejo
Dirigentes do Wachovia dizem que não há pressa para fechar nenhum negócio e que banco não enfrenta problemas de liquidez
DA REDAÇÃO
O Wachovia, um dos maiores
bancos dos Estados Unidos, começou a negociar uma fusão
com o Citigroup, disseram pessoas envolvidas nas negociações ao "New York Times". Segundo o "Wall Street Journal",
as negociações incluem ainda o
também americano Wells Fargo e o espanhol Santander.
Os dirigentes do Wachovia
dizem que não há pressa para
fechar nenhum negócio e que o
banco não enfrenta problemas
de liquidez, mas que, devido às
incertezas no setor financeiro,
a instituição está estudando várias opções. Os executivos do
Wachovia devem ficar no fim
de semana em Nova York para
discutir um possível acordo.
As pressões, que vinham
crescendo nas últimas semanas, aumentaram ainda mais
depois que o JPMorgan comprou as operações do Washington Mutual, após intervenção
federal, por US$ 1,9 bilhão.
As ações do Wachovia caíram
27,01% ontem (em um dia que
o índice S&P 500, em Nova
York, subiu 0,34%) e já acumulam queda de 73,4% no ano.
Outro banco que também é visto como sob perigo é o National
City, que teve desvalorização
de 25,65% nos seus papéis.
"O Washington Mutual mostrou que qualquer um dos grandes bancos pode cair e, se você
olhar para quem está entre os
dez maiores e sofre mais pressão, o Wachovia estará lá", afirmou Stan Smith, professor da
Universidade Flórida Central.
Esta é a segunda vez nos últimos dias em que o Wachovia é
mencionado em alguma negociação. Na semana passada, havia rumores de que ele discutia
uma fusão com o Morgan Stanley. Na ocasião, o Morgan Stanley era visto como a próxima
instituição a cair, após a concordata do Lehman Brothers e
a venda do Merrill Lynch.
Porém, com a possível compra de US$ 700 bilhões pelo governo dos Estados Unidos dos
títulos podres das instituições
financeiras, um acordo é visto
como improvável -ainda mais
que o Morgan Stanley negocia a
venda de participação para o
banco japonês Mitsubishi.
O Wachovia (que é o quarto
ou o sexto maior banco dos
EUA, dependendo do cálculo)
teve prejuízo nos dois últimos
trimestres, especialmente devido à sua exposição ao mercado de hipotecas com a compra
em 2006 da financiadora Golden West Financial.
Fracasso
O presidente da SEC (a CVM
americana), Christopher Cox,
disse que os problemas no programa de supervisão voluntários dos bancos de investimento de Wall Street contribuiu para a crise financeira global.
"Os últimos seis meses deixaram muito claro que a regulação voluntária não funciona",
afirmou, em nota, Cox, após
uma auditoria interna da SEC
criticar a atuação da entidade
no monitoramento do Bear
Stearns, o banco de investimento que entrou em colapso
em março e foi vendido ao
JPMorgan, em uma operação
coordenada pelo BC dos EUA.
Com Bloomberg e "The New York Times"
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