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Lula encerrou discussão sobre FGTS no pré-sal, diz ministro
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse ontem que a discussão no governo sobre o uso
de recursos do FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço)
para capitalizar a Petrobras foi
"encerrada" pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
Lupi foi o único integrante
do governo a admitir publicamente a possibilidade. Por
meio de sua assessoria, chegou
a se dizer "simpático" à idéia,
que consistiria em permitir que
trabalhadores utilizassem o
saldo de suas contas no fundo
para comprar ações da estatal.
A dura negativa do presidente, porém, o fez recuar. "Eu dei
a minha opinião pessoal e continuo com o mesmo entendimento, mas quem é eleito para
dirigir o país é o presidente Lula", afirmou o ministro, em
Campo Grande.
Um dia depois de a Folha publicar, no último domingo, que
o governo havia decidido permitir o uso do FGTS para uma
nova rodada de investimentos
na Petrobras, a informação foi
negada, em Nova York, pelo
presidente Lula. No entanto, o
presidente já pediu a auxiliares
que avaliassem o formato jurídico do uso do FGTS para capitalizar a Petrobras no processo
de exploração do pré-sal.
Lula havia se contrariado
porque a divulgação da notícia
afetou o mercado de ações no
Brasil e antecipou detalhes da
estratégia para propor uma nova Lei do Petróleo. O vazamento também gerou protestos da
CVM (Comissão de Valores
Imobiliários) junto ao Ministério da Fazenda.
A informação publicada pela
Folha foi obtida com três auxiliares diretos do presidente,
que relataram ao jornal a decisão de Lula de envolver trabalhadores e a classe média no
processo de capitalização da
Petrobras para explorar o petróleo do pré-sal.
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