São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2008

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Lula encerrou discussão sobre FGTS no pré-sal, diz ministro

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse ontem que a discussão no governo sobre o uso de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para capitalizar a Petrobras foi "encerrada" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lupi foi o único integrante do governo a admitir publicamente a possibilidade. Por meio de sua assessoria, chegou a se dizer "simpático" à idéia, que consistiria em permitir que trabalhadores utilizassem o saldo de suas contas no fundo para comprar ações da estatal.
A dura negativa do presidente, porém, o fez recuar. "Eu dei a minha opinião pessoal e continuo com o mesmo entendimento, mas quem é eleito para dirigir o país é o presidente Lula", afirmou o ministro, em Campo Grande.
Um dia depois de a Folha publicar, no último domingo, que o governo havia decidido permitir o uso do FGTS para uma nova rodada de investimentos na Petrobras, a informação foi negada, em Nova York, pelo presidente Lula. No entanto, o presidente já pediu a auxiliares que avaliassem o formato jurídico do uso do FGTS para capitalizar a Petrobras no processo de exploração do pré-sal.
Lula havia se contrariado porque a divulgação da notícia afetou o mercado de ações no Brasil e antecipou detalhes da estratégia para propor uma nova Lei do Petróleo. O vazamento também gerou protestos da CVM (Comissão de Valores Imobiliários) junto ao Ministério da Fazenda.
A informação publicada pela Folha foi obtida com três auxiliares diretos do presidente, que relataram ao jornal a decisão de Lula de envolver trabalhadores e a classe média no processo de capitalização da Petrobras para explorar o petróleo do pré-sal.


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