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BCs definem juro no Brasil, nos EUA e no Japão
Sai na quarta 1ª prévia do PIB dos EUA no 3º trimestre
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana promete ser muito
intensa no mercado financeiro.
Para os próximos dias, estão
agendadas reuniões de política
monetária, que definirão as taxas básicas de juros nos EUA,
no Brasil e no Japão.
Na quarta-feira, tanto os dirigentes do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA)
quanto os do Copom (Comitê
de Política Monetária do BC
brasileiro) vão anunciar como
fica a nova taxa de juros de cada
país. O BC japonês se reúne
apenas na sexta-feira.
Investidores e analistas esperam que a taxa seja reduzida de
1,50% para 1,25% anuais nos
Estados Unidos. No Brasil, a expectativa predominante é a de
que a taxa Selic se mantenha
nos atuais 13,75% ao ano.
Além das definições dos juros, o mercado irá se deparar
com uma série de indicadores
relevantes para tentar compreender em que ritmo anda a
maior economia do mundo.
Dentre as divulgações, a mais
aguardada é a prévia inicial do
PIB (Produto Interno Bruto)
dos Estados Unidos no terceiro
trimestre. No mercado, a previsão esperada é a de uma retração de 0,5% no PIB.
Entre hoje e quarta-feira, dados do setor imobiliário americano estão na agenda. Haverá a
divulgação dos resultados das
vendas de imóveis novos de setembro, o índice de preços de
imóveis e a solicitação de empréstimos hipotecários.
O mercado também vai se deparar com o índice do setor manufatureiro medido pelo Fed
de Richmond, as encomendas
de bens duráveis e os pedidos
de auxílio-desemprego -importante termômetro do ritmo
da economia.
"No início deste mês, em resposta ao agravamento da crise
financeira internacional e aos
temores de recessão global, o
Fed e outros bancos centrais
decidiram reduzir, por meio de
uma ação coordenada, as respectivas taxas básicas de juros",
diz Elson Teles, economista-chefe da Concórdia. No caso
dos EUA, os juros foram cortados de 2% para 1,5%.
"O comunicado da reunião
de emergência justificou a decisão citando a intensificação da
crise financeira e o conseqüente aumento dos riscos de desaceleração do crescimento econômico, o que deveria permitir,
mais à frente, a redução dos riscos inflacionários. Agora o
mercado espera que o Fed reduza a taxa básica de juros em
0,25 ponto, para 1,25% ao ano",
completa o economista.
Na sexta-feira, o presidente
do Fed, Ben Bernanke, volta a
fazer um pronunciamento.
Neste cenário de crise, os discursos feitos por Bernanke têm
sido acompanhados em todo o
mundo com muita atenção.
Agenda interna
A semana terá poucos dados
relevantes para serem apresentados no Brasil, com os investidores concentrando suas atenções na reunião do Copom.
"A decisão do Copom de outubro é das mais difíceis dos últimos tempos, senão a mais difícil, dada a complexidade de
traçarmos cenários em um ambiente conturbado como o
atual. Nesse contexto, acreditamos que o Banco Central deve
optar pela manutenção da taxa
de juros em 13,75%", afirma
Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
Na semana passada, o presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que o compromisso da autoridade monetária é
com a meta de inflação.
Como os índices de preços
ainda seguem como uma ameaça, há quem confie em uma elevação de 0,25 ponto percentual
na taxa Selic nesse que será o
penúltimo encontro do Copom
de 2008. Já a hipótese de uma
redução da taxa básica Selic
neste momento é considerada a
mais difícil de se concretizar.
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