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Bolsa reage no final e fecha com alta de 0,04%
Estrangeiro reduz saída do mercado; dólar vai a R$ 1,739
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa acabou por se livrar do vermelho no fim do dia.
Depois de operar em terreno
negativo durante boa parte das
operações, a Bolsa de Valores
de São Paulo encerrou o pregão
com leve alta de 0,04%.
O mercado de câmbio, que fechou antes da melhora das
ações brasileiras, refletiu mais
de perto o dia desfavorável vivenciado pelo cenário internacional ontem. O dólar abriu em
baixa, marcando R$ 1,703 na
mínima. Mas terminou as operações negociado a R$ 1,739,
com apreciação de 1,52%.
O setor financeiro esteve entre os mais punidos ontem e levou as maiores Bolsas do planeta a sofrerem desvalorização.
Em Wall Street, o índice que
mede o desempenho das ações
dos bancos caiu 1,5%. O Dow
Jones, que reúne 30 das ações
norte-americanas mais negociadas, recuou 1,05%. A Bolsa
de Londres caiu 0,97%.
A notícia de que o holandês
ING vai separar suas atividades
bancárias e de seguros -e vai se
desfazer da seguradora- não
foi bem recebida pelo mercado.
Na Bolsa de Amsterdã, as ações
do grupo ING terminaram o
pregão com perdas de 13%.
Em Wall Street, dentre as
maiores baixas do dia ficaram
os papéis de Bank of America,
que caíram 5,06%, e Citigroup,
com recuo de 4,26%.
Para o desempenho do mercado local foram relevantes
também a depreciação das
commodities e a alta do dólar
diante de outras divisas, principalmente em relação ao euro.
O barril de petróleo terminou o dia com baixa de 2,26%,
cotado a US$ 78,68.
Dentre as maiores perdas do
pregão local apareceram as
ações Siderúrgica Nacional ON,
com baixa de 2,16%, e Gerdau
PN, que recuou 0,65%.
Já o resultado das ações da
Petrobras foi decisivo para tirar
a Bovespa do vermelho. Após
chegar a recuar 0,20%, a ação
preferencial da estatal -que é a
mais negociada da Bolsa-
atraiu compradores e conseguiu encerrar as operações com
alta de 0,54%.
Os bancos brasileiros acabaram por acompanhar seus pares internacionais. O papel ON
do Banco do Brasil caiu 1,08%;
Bradesco PN recuou 0,82%, e
Itaú Unibanco PN teve depreciação de 0,13%.
Analistas afirmaram que a
maior cautela dos investidores
ontem também se justifica pela
relevância dos dados econômicos que vão ser divulgados nos
próximos dias, com destaque
para a primeira prévia do PIB
(Produto Interno Bruto) dos
EUA do terceiro trimestre.
Estrangeiros
A saída dos estrangeiros do
mercado local, desencadeada
pela decisão do governo de cobrar 2% de IOF do capital externo, perdeu fôlego, segundo
operadores e dados consolidados pela própria Bolsa.
No pregão de terça passada,
primeiro dia após o anúncio do
governo, as ações brasileiras
perderam R$ 1,26 bilhão líquido em capital externo. No pregão de quarta, a saída foi de R$
471 milhões. Já nas operações
de quinta, o saldo negativo ficou em R$ 216 milhões.
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