São Paulo, terça-feira, 27 de outubro de 2009

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Bolsa reage no final e fecha com alta de 0,04%

Estrangeiro reduz saída do mercado; dólar vai a R$ 1,739

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa acabou por se livrar do vermelho no fim do dia. Depois de operar em terreno negativo durante boa parte das operações, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão com leve alta de 0,04%.
O mercado de câmbio, que fechou antes da melhora das ações brasileiras, refletiu mais de perto o dia desfavorável vivenciado pelo cenário internacional ontem. O dólar abriu em baixa, marcando R$ 1,703 na mínima. Mas terminou as operações negociado a R$ 1,739, com apreciação de 1,52%.
O setor financeiro esteve entre os mais punidos ontem e levou as maiores Bolsas do planeta a sofrerem desvalorização. Em Wall Street, o índice que mede o desempenho das ações dos bancos caiu 1,5%. O Dow Jones, que reúne 30 das ações norte-americanas mais negociadas, recuou 1,05%. A Bolsa de Londres caiu 0,97%.
A notícia de que o holandês ING vai separar suas atividades bancárias e de seguros -e vai se desfazer da seguradora- não foi bem recebida pelo mercado. Na Bolsa de Amsterdã, as ações do grupo ING terminaram o pregão com perdas de 13%.
Em Wall Street, dentre as maiores baixas do dia ficaram os papéis de Bank of America, que caíram 5,06%, e Citigroup, com recuo de 4,26%.
Para o desempenho do mercado local foram relevantes também a depreciação das commodities e a alta do dólar diante de outras divisas, principalmente em relação ao euro.
O barril de petróleo terminou o dia com baixa de 2,26%, cotado a US$ 78,68.
Dentre as maiores perdas do pregão local apareceram as ações Siderúrgica Nacional ON, com baixa de 2,16%, e Gerdau PN, que recuou 0,65%.
Já o resultado das ações da Petrobras foi decisivo para tirar a Bovespa do vermelho. Após chegar a recuar 0,20%, a ação preferencial da estatal -que é a mais negociada da Bolsa- atraiu compradores e conseguiu encerrar as operações com alta de 0,54%.
Os bancos brasileiros acabaram por acompanhar seus pares internacionais. O papel ON do Banco do Brasil caiu 1,08%; Bradesco PN recuou 0,82%, e Itaú Unibanco PN teve depreciação de 0,13%.
Analistas afirmaram que a maior cautela dos investidores ontem também se justifica pela relevância dos dados econômicos que vão ser divulgados nos próximos dias, com destaque para a primeira prévia do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA do terceiro trimestre.

Estrangeiros
A saída dos estrangeiros do mercado local, desencadeada pela decisão do governo de cobrar 2% de IOF do capital externo, perdeu fôlego, segundo operadores e dados consolidados pela própria Bolsa.
No pregão de terça passada, primeiro dia após o anúncio do governo, as ações brasileiras perderam R$ 1,26 bilhão líquido em capital externo. No pregão de quarta, a saída foi de R$ 471 milhões. Já nas operações de quinta, o saldo negativo ficou em R$ 216 milhões.


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